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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Turbulências são mais perigosas do que raios, afirma associação alemã de pilotos


Um raio, na realidade, não pode fazer mal a um moderno avião de passageiros, disse Handwerg, porta-voz da associação alemã de pilotos Cockpit. Na busca pelas causas do desaparecimento do Airbus A330-200 que fazia o voo entre Rio de Janeiro e Paris, cogitou-se que um raio poderia ter sido o causador de uma avaria no circuito elétrico da aeronave enquanto esta passava por uma área de tempestades com fortes turbulências.

"Da mesma forma como um carro, o avião funciona como uma gaiola de Faraday", explicou Handwerg, à agência de notícias AP. "O raio procura o caminho mais curto em direção ao chão e torna a sair em algum lugar do avião".

Segundo o comandante Handwerg, a parte técnica é tão protegida que ela quase nunca é influenciada por um raio. "Em regra, não acontece nada". Dependendo do tipo, um avião pode ter até três sistemas elétricos independentes um do outro, o que torna um blecaute praticamente impossível.

Um caso nos últimos 50 anos

Além disso, ainda há os sistemas de emergência, explica. O Airbus A320, por exemplo, dispõe de uma turbina sob a asa que pode ser acionada para a produção de energia.

Numa área de mau tempo, as turbulências são um problema maior do que raios para um avião de passageiros. Por isso, o piloto tenta contornar estas áreas, conta Handwerg, que não conhece nenhum caso de avião moderno que tenha caído por causa de um raio.

Segundo a estatística, um raio atinge um avião grande de passageiros a cada três anos. Jatos menores são atingidos com maior frequência no tráfego regional – cerca de uma vez ao ano – porque voam mais baixo. Normalmente, estes incidentes não têm maiores consequências, a não ser alguns amassados na fuselagem.

Nos últimos 50 anos, houve apenas alguns casos em que a incidência de raios em aviões possa ter sido responsável por acidentes. O mais grave aconteceu em 8 de dezembro de 1963, no nordeste dos Estados Unidos, quando um raio atingiu um Boeing 707 da Pan American World Airways, incendiando os vapores do combustível. Todos os 81 passageiros a bordo morreram. Em consequência, o departamento de segurança aérea dos Estados Unidos obrigou a instalação de equipamentos de descarga elétrica em aviões civis.


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