Em nota enviada à imprensa na manhã desta terça-feira (27), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) contestou informações publicadas pelos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo a respeito do relatório que investiga as causas do acidente com o Airbus A320 da Tam em 17 de julho de 2007, que matou 199 pessoas.
No comunicado, o órgão afirma que a investigação do acidente "ainda não foi concluída". Diz ainda que o "uso descontextualizado das informações pode causar impactos negativos para segurança nos voos".
O Comando da Aeronátutica apontou também "o compromisso de, ao concluir o relatório final, primeiramente apresentá-lo aos familiares", para então entregar à sociedade por meio da imprensa, segundo informa o portal Terra.
Informações contestadas
De acordo com matéria publicada no Estadão, uma das causas do acidente é a posição errada dos manetes no momento do pouso. O jornal aponta também falhas no sistema de alerta da aeronave, na supervisão gerencial e na regulação de órgãos estatais.
O relatório, ainda segundo o Estadão, dá conta que os manetes estavam em frenagem e em aceleração ao mesmo tempo, o que apontaria falha dos pilotos, suspeitada levantada pelo mesmo relatório no seguinte trecho citado pelo jornal: "Elevada a improbabilidade estatística de falha no sistema de acionamento dos manetes".
Já a Folha diz que o relatório da Aeronáutica aponta como causa principal a posição incorreta do manete, mas não conclui se isso foi uma falha humana ou do equipamento. No entanto, a publicação afirma que, de acordo com convenção internacional, o referido relatório não pode apontar culpados, tanto porque esta tarefa cabe à Polícia Federal (PF). O relatório, ainda segundo apontou a Folha, tem como objetivo a prevenção de acidentes.
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