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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Aeroporto, por Orlando de Souza*

A Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci), que tem o Brasil incluído em seu tratado, estabelece normas para a construção de uma pista, balizamento noturno, entre outras. Ali, estabelece as áreas de segurança que circundam a pista, que deverão estar limpas, para permitir a movimentação em caso de emergência, das aeronaves. No caso de Joinville, o responsável pela área livre também das cabeceiras da pista é quem administra o terminal - no caso, a Infraero.

Nossa estação de passageiros era tão pequena, que se chegassem dois aviões ao mesmo tempo, a metade dos passageiros ficaria do lado de fora. Passei a comentar os problemas que envolvem o terminal aeroportuário. Aí veio a notícia. No terminal de passageiros, haverá uma obra. Na meia-água que era a estação, construiriam um puxado. Que deboche!

Quando só a Varig operava aqui, frequentemente o avião não descia. A gerência alegava razões técnicas. Assim, os passageiros deveriam ser embarcados em Navegantes ou Curitiba.

O doutor Ninfo Konig, quando presidente da Acij, solicitou à Varig a presença de pessoal técnico que explicasse o porquê de não haver pouso em dia de céu limpo. Compareceram três pilotos. Disseram que nossa pista só tem uma cabeceira operacional. Se tivessem de decolar em direção à cidade e houvesse uma pane, haveria uma desgraça. Assim, quem manda é a direção do vento. Enfim, temos uma pista de uma cabeceira só. Para que alongá-la?

Precisamos construir uma nova pista, cruzando com a atual, com 2,5 mil metros, onde poderíamos receber os grandes cargueiros. Assim, além de receber os ventos predominantes nas cabeceiras, teríamos uma, com o primeiro obstáculo a 50 km, na serra de Curitiba e outra com o infinito do mar. Já contaria com toda a infraestrutura.

No momento, o Estado constrói os aeroportos de Correia Pinto e Guarauna. No Oeste e Sul, com pistas de 2,5 mil metros. O primeiro, fica a 30 Km de Lages, onde já existe um terminal equipado. Só não opera avião de linha porque não tem passageiro. E nós, por que não temos uma pista condigna? Nosso governador não diz que é de Blumenau, mas tem coração joinvilense? Não opera nem o Quero-quero, que é dele.*Comandante
A Notícia - SC

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