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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Brasileiros envolvidos em confusão em voo da TAM falam pela primeira vez


Ela, o namorado e três franceses foram ouvidos por juiz em processo.
Confusão ocorreu em voo da TAM para Paris em dezembro.

Casal conversa com advogado depois de audiência

Após ser ouvida pelo juiz federal Alessandro Diaferia, a publicitária Elen Cunha, de 24 anos, desabafou: “eu me sinto injustiçada, ainda estou tentando entender o que tenho a ver com isso, porque não fiz nada”. Ela, o namorado e três franceses foram denunciados pelo Ministério Público por tumultuar um voo da TAM em dezembro do ano passado e tentar impedir a viagem.

A jovem e o namorado, o músico Frederico Ritchie, 31, falaram pela primeira vez sobre o caso. Em entrevista ao G1 no fim da tarde da segunda-feira (1), após a audiência na Justiça Federal de Guarulhos, na Grande São Paulo, ela deu sua versão para a história. "A gente estava esperando o avião decolar. Fiquei vendo filme. Só queria que aquela espera acabasse.” A sessão com o juiz começou às 11h e terminou pouco antes das 18h.

A aeronave que faria o voo JJ 8096 (Guarulhos-Paris) apresentou problemas e não decolou. No entanto, Elen, Ritchie e os três franceses (dois homens e uma mulher) afirmam que todos os passageiros tiveram de esperar por mais de três horas até que tivessem alguma resposta da companhia aérea. Todos acabaram descendo do avião, mas antes houve uma discussão.

O casal disse que “não viu nada” porque estava nos fundos da aeronave – a confusão foi na parte da frente, onde estavam os franceses. Ritchie contou que começou a filmar com o celular a movimentação dos passageiros em pé, narrando em primeira pessoa que todos estavam ali, esperando. “Gravei uma aeromoça passando e ela mandou parar. Se eu não parasse, ela ameaçou me processar.”

Os dois, que viajariam para a França a passeio, acham que foram presos só por causa dessa filmagem. “Fiquei dois dias na prisão. Foram os piores momentos da minha vida”, admitiu Elen. Já os franceses ficaram cinco dias presos e chegaram a ser transferidos para um presídio.

Procurada pelo G1 na manhã desta terça-feira (2), a assessoria de imprensa da TAM não respondeu até as 14h.

G1

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