O Serviço de Sedex 10 entre os Estados foi suspenso pelos Correios no Norte e no Nordeste –com exceção da Bahia– e opera com menos linhas do que o normal nas demais regiões do país.
A suspensão decorre de problemas nas empresas aéreas que prestam serviços aos Correios, o que dificulta entregas com hora marcada. O Sedex 10 faz entregas até as 10h do dia seguinte à postagem.
Segundo a assessoria dos Correios, não há previsão para que os serviços sejam restabelecidos, já que a reativação das linhas aéreas depende das empresas contratadas, que apresentam aviões danificados ou estão sendo barradas na fiscalização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
As postagens estaduais do Sedex 10, que correspondem a 84% do volume total de encomendas, usam transporte terrestre e seguem normais.
Conforme informou Folha, os problemas com os aviões contratados vem causando atrasos na entrega da correspondência convencional em Roraima, Amazonas, Rondônia, Acre, Mato Grosso, Ceará e Santa Catarina.
O uso de voos comerciais de passageiros, redesenho de rotas aéreas, transporte rodoviário, sublocação de aeronaves e convênio com a FAB (Força Aérea Brasileira) são alternativas adotadas para tentar resolver emergencialmente o atraso na entrega da correspondência.
Segundo a assessoria dos Correios, a FAB começa a operar já no final deste mês, e o pregão para contratar nova transportadora na linha que sai de Brasília e passa por Rondônia, Acre, Mato Grosso e Roraima já foi homologado.
Para o Ceará, a linha de São Luís (MA) está sendo redesenhada para atender o Estado.
No Amazonas, a empresa estuda uma nova licitação caso a contratada para a rota –a TAF (Táxi Aéreo Fortaleza)– não retome o serviço logo. A linha de Manaus é a mesma que segue para Boa Vista (RR).
A TAF retirou três aeronaves de circulação recentemente, duas por acidentes e uma para manutenção. Segundo o diretor comercial da empresa, Ariston Pessoa, seria possível disponibilizar outro avião para a linha, mas o custo da operação não compensaria porque “as margens [de lucro] são extremamente apertadas”.
A empresa não está pagando multa porque o avião da rota de Manaus saiu de circulação devido a acidente provocado pelo mau tempo, uma exceção à regra, disse Pessoa. Ele afirmou ainda que a TAF não deve participar de novas concorrências.
Já Daniel Winocur, da Total, está interessado em novas rotas, mas talvez não dispute todos os destinos. “É difícil compensar [os custos] com o que está sendo oferecido”, disse. A empresa sublocou duas aeronaves para regularizar o serviço em Santa Catarina.
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