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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Falta de controlo nos aeródromos permite terrorismo



"É preciso pôr autoridades a fiscalizar", diz o director do Observatório de Segu- rança. Ministério e INAC não se entendem.
"Com toda a facilidade se consegue executar um atentado terrorista, utilizando uma aeronave que descola de um aeródromo onde não há qualquer controlo nem fiscalização de passageiros nem bagagens." O alerta é lançado pelo director do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, José Manuel Anes, frisando ao DN que "as nossas autoridades têm de resolver este problema com a máxima urgência".
Tal como na sexta-feira um homem fretou uma avioneta no Aeródromo de Évora e embarcou com um saco de viagem contendo uma carabina e um revólver - ameaçou os tripulantes e obrigou dois deles a saltar em pleno voo e suicidou-se com um tiro na cabeça ao aterrar no Aeródromo de Tires, em Cascais - também poderia levar um engenho explosivo e lançá-lo durante o voo sobre o Palácio de Belém ou qualquer outro alvo, admite o mesmo responsável.
"Este homem poderia facilmente ter executado um atentado", frisa José Manuel Anes. "Poderia ter um plano contra algum objectivo em Lisboa", referiu.
"É um problema muito grave que temos e já existe desde sempre", salientou, esclarecendo que "tem que ver com a Administração Interna". Na sua opinião, "tem de se reflectir sobre o assunto e tomar medidas o mais rápido possível. É indispensável o controlo dos aeroportos, mesmo os secundários e até alguns em zonas rurais, onde pode aterrar e descolar qualquer aeronave para práticas ilícitas".
José Manuel Anes recorda que "já desde há muitos anos as autoridades policiais queixam-se de aeródromos e pequenas pistas rurais - onde nem sequer existem hangares - que se suspeita serem utilizados para tráfico de droga e outros ilícitos".
"O Aeródromo de Évora e outros têm de passar a ter controlo de pessoas e bens. É preciso saber o trajecto, o destino e qual o objectivo do voo", concluiu.
O DN contactou o Ministério da Administração Interna para se pronunciar sobre esta falta de controlo e fiscalização de passageiros e bagagens nos aeródromos, que pode facilitar a execução de algum atentado com origem na aeronave em voo. O ministério responde que essas perguntas "devem ser dirigidas ao INAC - Instituto Nacional de Aviação Civil, autoridade à qual compete assegurar a regulação de segurança do sector da aviação civil, nos termos do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 145/2007, de 27 de Abril".


Sobre esta matéria, fonte oficial do INAC frisou ao DN que a este instituto "compete assegurar o bom ordenamento de todas as actividades da aviação civil, através da regulação, regulamentação, certificação, licenciamento e fiscalização das condições em que as mesmas se desenvolvem".
"Só tem que ver com as condições de segurança de aeródromos e pistas em termos operacionais de aviação civil. As forças policiais de segurança - como a PSP, GNR e SEF - é que têm de fiscalizar pessoas e bens, como sucede no aeroporto de Lisboa e noutros", esclareceu a mesma fonte.

dn portugal

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