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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Empresa aérea estrangeira ganha espaço



Empresas brasileiras, que detinham 41% do mercado internacional em 2003, hoje são responsáveis por apenas 35% dos voos

Com a economia brasileira no centro das atenções, o número de companhias estrangeiras que querem voar para o Brasil não para de crescer. Existem hoje 42 estrangeiras voando regularmente para o Brasil, ante 31 há sete anos, quando a velha Varig ainda era relevante nesse mercado.

E elas não param de chegar. A colombiana Aero República acaba de receber autorização. Outras duas empresas latinas e mais a Qatar Airways já manifestaram interesse em voar para o Brasil ainda neste ano.

Com o avanço das estrangeiras, o Brasil está hoje mais conectado ao resto do mundo do que nos tempos da velha Varig, que chegou a ter voos regulares até para o Japão e Hong Kong. Em 2003, os voos regulares ligavam o Brasil a 26 países. Hoje, a 30.

Deixamos de voar para Cuba, mas ganhamos voos para Cabo Verde (pela TACV), Emirados Árabes (Emirates), Israel (El Al Airlines), Turquia (Turkish Airlines) e China (Air China). Ao todo, são 45 destinos internacionais, com voos que partem de 16 aeroportos.

"Com o Brasil se tornando mais importante globalmente, é natural que tenha uma maior presença de estrangeiras", afirma o superintendente de regulação econômica da Anac, Juliano Noman. Para ele, o interesse se explica ainda pelo crescimento da demanda por transporte aéreo no Brasil e pela política de liberdade tarifária implementada pela Anac nos últimos anos, que ampliou a concorrência no setor.

Levantamento feito pela Anac a pedido da Folha mostra que o número de frequências semanais do Brasil para o exterior cresceu 66% nos últimos sete anos. Eram 563 voos semanais em fevereiro de 2003. Agora são 933 por semana. Deste total, 604 (65%) são realizados pelas estrangeiras.

As brasileiras, que detinham 41% do mercado internacional em 2003, hoje são responsáveis por 35% dos voos.

Uma análise por região mostra que as brasileiras avançaram na América Latina nos últimos sete anos -de 48% para 51%. Em relação à Europa, a TAM, única operadora brasileira, detém 24% do mercado. Em 2003, TAM e Varig tinham 43%. Apesar de sozinha, a TAM é a segunda companhia que mais transporta passageiros do Brasil para a Europa. Perde apenas para a TAP, mas deve passar a companhia portuguesa ainda neste ano.

Nas rotas da América do Norte, com o aumento do número de companhias norte-americanas, as brasileiras perderam mercado -de 27% para 24%. Mas a TAM, com 24%, é vice-líder, pouco atrás da American Airlines.

A maior parte do crescimento do número de companhias estrangeiras se deu nos últimos dois anos, período em que o governo brasileiro renegociou 26 acordos bilaterais. Por meio desses acordos, os países estabelecem números de frequência e de companhias autorizadas, entre outras regras.

"Quando a Varig quebrou, o mercado era fechado e ficamos quase três anos sem conseguir repor a oferta que a Varig tinha", diz Noman. "Foi preciso renegociar os acordos, o que leva tempo. E também esperar caducar alguns direitos de voos que a Varig continuava a ter, mesmo sem operar."

De acordo com o superintendente de relações internacionais da Anac, Bruno Dalcomo, as renegociações de acordos bilaterais continuam neste ano -com Chile, México e Índia.
GLOBAL 21

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