
Desde 1º de Julho último a Gol pretende literalmente implementar o regime de máxima submissão! Através de seu Boletim Informativo intitulado ‘Transição Sistema Escala de Tripulantes”, emitido em 17/06/2010, informou a mudança do sistema até então vigente para o sistema NetLine Crew, que seria parte integrante de um conjunto de sistemas para garantir um gerenciamento integrado das tripulações, aeronaves e manutenção desde a fase de Planejamento até a Operação Diária.
Segundo a empresa, a interface de acesso  ao sistema pelos tripulantes será o Crew Link, que oferecerá serviços  novos e atualização em tempo real da escala de cada tripulante. A  princípio pode parecer uma grande aquisição por parte do grupo. Ledo  engano!!! Todos, sem distinção de cor, raça, credo ou função, serão  atingidos por essa, digamos, bomba.  
Cada vez que acessar o  sistema, o tripulante estará se comprometendo com a Escala Futura  Alterada, independente do contido nos tratados, leis e normas.  
É  possível notar a maldade da empresa na frase: ‘Caso o tripulante deseje  (por algum motivo?) guardar sua escala publicada, poderá salvar uma  cópia desta em seu computador pessoal (Não consta ao SNA que possuir um  computador esteja no contrato de trabalho de cada aeronauta)  ou  imprimí-la imediatamente após a divulgação (imediatamente mesmo pois, um  dia depois tudo poderá ser diferente!)’.
Ainda no item primeiro  do ‘Boletim Informativo’, a Diretoria de Controle de Operações diz que  “Não haverá mais a Escala Publicada e Executada separadamente. No  Sistema NetLine Crew a escala estará sempre atualizada, incorporando as  notificações e alterações emitidas para o tripulante”.
O SNA  entende, portanto, que não existirá mais Escala Publicada e sim – sempre  – a Escala Alterada. O aeronauta que trabalha sob regime de Escala e  que pretenda minimamente organizar sua vida, pode considerar isso   impossível. Se já estava ruim, conseguiram piorar! A empresa altera as  Escalas de seus tripulantes sem aviso.  Basta ‘abrir’ sua escala para lá  encontrar a alteração e, a partir daquele momento, concordar ipse  litere com a referida mudança.
O final do terceiro item é  terrível: ‘Todas as operações efetuadas de aceite de notificações no  Crew Link são de responsabilidade do tripulante e registradas no  sistema.’ Ou seja, acessou, aceitou, registrou. 
Mais uma  pérola, no item 14: ‘Requisitos para acessar o Crew Link:  É necessário  um computador conectado à internet, com um navegador de internet  Microsoft Internet Explorer 5 e Adobe Acrobat Reader 4 ou versões  superiores, não impedindo que suas funcionalidades operem em outras  plataformas.’  Isso quer dizer que o ‘bem-remunerado tripulante’  deverá  despender seus parcos recursos com computador, conexão internet,  programas, (impressora também?) se desejar operar ‘nas regras da  empresa’. Só faltou exigir diploma de Cientista da Computação (USP) de  seus tripulantes (ou vassalos?).
Nosso Sindicato já está  solicitando de pronto reunião com a Diretoria da empresa GOL/VRG a fim  de discutir esta questão. Enquanto isso não ocorre, o SNA sugere que  suspendam os efeitos práticos dessa circular danosa à categoria que o  mesmo representa.
Demos ênfase à Gol, mas a prática também tem  sido constante na empresa TAM.  Temos como exemplo até oito modificações  em escala em um único dia e, até mesmo, 30 modificações num único mês. A  TAM fez escola e a GOL foi nessa onda. 
Por isso os aeronautas  das empresas citadas (e de outras também) devem utilizar o espaço “Denúncia”  contido no site do SNA
Se as empresas já padeciam por conta do  elevado absenteísmo, talvez tenham que preparar-se para algo maior.
sna
 
 
 
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