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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Companhias aéreas investem em 'cinema de bordo'


Depois de três horas de voo, os passageiros foram surpreendidos por um choro. No começo, contido, baixinho. Nada demais. Gradativamente, surgiram soluços e suspiros. Em questão de segundos, todos no avião estavam presenciando uma espécie de turbulência emocional. Um legítimo berreiro. O que teria acontecido? A história relatada acima é verídica. Inclusive, seu desfecho. Uma passageira estava se afogando em lágrimas por causa de um filme. Na telinha individual do seu assento, a moça assistia a "Marley e Eu", longa repleto de situações comoventes. O filme, que conta a história de um casal e seu cão, é apenas uma das muitas produções cinematográficas exibidas pelas companhias aéreas, especialmente as que mantêm voos internacionais, que, por sua duração, procuram oferecer mais entretenimento aos passageiros.

O retorno por parte dos passageiros é tão positivo que empresas que ainda não contam com o serviço já se planejam para reparar essa falha. A Gol, por exemplo, não tem ''cinema de bordo'', mas diz que está trabalhando para exibir filmes ainda este ano. A Azul faz eco, afirmando que até dezembro também irá disponibilizar o serviço aos seus passageiros. Para entender como as empresas de aviação montam suas programações de filmes, o Jornal da Tarde consultou algumas das maiores companhias que atuam no Brasil, como TAM Gol, Azul, America Airlines, KLM, TAP e Lufthansa.

Para começar, uma questão importante: o que pode e o que não pode entrar em cartaz no cinema nas alturas? Uma regra compartilhada por todas as empresas proíbe a exibição de filmes classificados como Rated R, ou seja, que só podem ser vistos por menores de 17 anos acompanhados dos pais ou responsáveis. A explicação é simples: não é possível, por exemplo, evitar que as crianças espiem a telinha da poltrona ao lado. Filmes de terror ou com cenas sanguinárias, como "Jogos Mortais" e "Sexta-Feira 13", ou com altas doses de nudez e sensualidade, como o clássico "9 e 1/2 Semanas de Amor", não entram em cartaz. Longas violentos ou com referência a acidentes aéreos - por motivos óbvios - também ficam de fora.

Eventualmente, certos filmes podem até sofrer cortes para se encaixarem no padrão aéreo. Foi o que aconteceu, por exemplo, com "Watchmen" e "Homem de Ferro", que tiveram algumas cenas de violência e de insinuações de sexo cortadas (no início do longa, os passageiros são informados de que assistirão a uma versão editada).

Os gêneros preferidos de companhias e passageiros são as comédias e os romances - e também a junção desses dois estilos: as comédias românticas. Títulos como "Noivas em Guerra", "Dia dos Namorados" e "Cartas Para Julieta" têm presença garantida no menu de exibição. Desenhos animados também têm boa aceitação. "Formiguinhaz" e "Kung Fu Panda" são exemplos de sucesso aéreo. Nos voos internacionais de TAM, KLM, TAP e Lufthansa, os passageiros podem assistir ao blockbuster "Avatar", do diretor James Cameron e dono da maior bilheteria da história, ultrapassando U$ 2 bilhões ao redor do mundo.
estadão

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