Eles  já conquistaram autonomia para dirigir, pedalar e até mergulhar. Para  muitas pessoas, essa autonomia já seria o bastante. Mas, para quem está  acostumado a enfrentar barreiras de acessibilidade e superar seus  próprios limites diariamente, isso ainda é pouco. Agora, pessoas com  mobilidade reduzida podem voar! Acaba de ser lançado no Brasil  um ultraleve com adaptações nos comandos que envolvem os pés e as mãos.  A novidade pode significar a inserção de pilotos com deficiência física  na aviação esportiva.
Para  pilotar uma aeronave convencional são necessárias ações conjugadas  entre os pedais - que controlam a direção - e as mãos - que comandam a  inclinação das asas e a aceleração do motor. Porém, para guiar o novo  ultraleve P1-LSA Special basta acionar uma alavanca que agrega todas  essas funções, permitindo o acesso às pessoas com limitações nos membros  inferiores.
E estes não são os únicos benefícios do P1. O ultraleve tem piloto auto- mático acoplado ao GPS,  que possibilita o monitoramento de proa e altitude com menos desgaste  do aviador. Além disso, abriga todos os comandos padrões de um modelo  comum, para que o piloto possa voar de forma convencional. “Tudo foi  minuciosamente pensado para a acessibilidade. A funcionalidade  diferenciada, os bancos foram projetados para dar maior estabilidade e  segurança aos pilotos”, explica Michele Perrone, diretor da Rallye  Design, empresa que desenvolveu os assentos adaptados para esse modelo.
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O avião é fruto de um projeto totalmente brasileiro, fabricado  pela Paradise Indústria Aeronáutica, em Feira de Santana, interior da  Bahia,  e está em linha há mais de dois anos para exportação. “Esse  ultraleve  nasceu inspirado na lei americana que concede carteira de voo  esportivo  a pilotos com deficiência física no país”, conta Perrone.
No  Brasil, a legislação ainda não emite brevê (carteira de  habilitação  para pilotar aviões) para quem possui deficiência física. No  entanto, o  P1 foi lançado este mês na Adventure Sports Fair, que  aconteceu entre  os dias 23 e 26 de setembro no Centro de Exposições do  Anhembi, em São Paulo  (SP), e foi um dos destaques do evento. “O projeto  está alinhado com a  nossa filosofia. Por isso, vamos deixar a aeronave  adaptada no Centro  de Esportes Aéreos e Aventura de Socorro, interior de  São Paulo,  operando para instrução, assim que a lei estiver de acordo”,  destacou  Sérgio Franco, criador da Adventure e presidente da Brazilian  Adventure  Society (BAS).
Então,  se você tem vontade de guiar um ultraleve e conhecer o  mundo por outro  ângulo, fique tranquilo. Um dos mais significativos  benefícios desse  lançamento é justamente promover o turismo de aventura  às pessoas com  deficiência motora no Brasil. “Estamos lutando para a  modificação da  lei brasileira, junto aos órgãos competentes, a fim de  instituir  treinamento e qualificação para pilotos com mobilidade  reduzida e dar o  direito de obter licença de voo como mais uma forma de  inclusão”,  conclui Perrone.
Serviços
Brazilian Adventure Society
Tel: (11) 5021-3858
E-mail: www.bas.org.br
Jessica Cox Motivational Services
Site: http://rightfooted.com
Paradise Ultra-Leve
Site: www.paradise-ultraleve.com
fonte/RevistaSentidos
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