PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Gol descarta integrar aliança global e prioriza acordos com outras aéreas

A GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA não está interessada em ingressar em uma das maiores alianças globais. Em vez disso, a empresa está se concentrando em uma colcha de retalhos de acordos de código compartilhado com companhias aéreas em todo o mundo, disseram executivos da companhia aérea paulista.



"Como não temos voos de longa distância, não precisamos do apoio de uma aliança global para destinos internacionais", disse o diretor-presidente, Constantino de Oliveira Jr., em Nova York, a repórteres da agência Dow Jones Newswires e do Wall Street Journal.

Oliveira ressaltou que os acordos de código compartilhado fornecem aos parceiros internacionais uma grande rede de voos dentro do Brasil, o que traz um tráfego adicional para uma empresa aérea focada quase que exclusivamente na expansão dos negócios domésticos no próspero mercado brasileiro. "Nós podemos dar suporte [a outras empresas aéreas] no Brasil. Mas nós não precisamos do suporte delas, nós não usamos o suporte delas, fora do Brasil."

A Gol, uma empresa aérea de baixo custo que foi criada em 2001 e que cresceu rapidamente se tornando a segunda maior do Brasil, assinou nos últimos anos contratos de código compartilhado com a American Airlines, da AMR, a Delta Air Lines Inc. e Air France-KLM, entre outras.

A empresa planeja expandir esses acordos bilaterais nos próximos 12 meses, com o provável anúncio de parcerias com empresas aéreas na Ásia e no Oriente Médio, disse o diretor financeiro, Leonardo Pereira.

Até o momento, os clientes das parceiras internacionais da Gol podem fazer reservas para toda a viagem — incluindo o voo para o país e a conexão em um avião da Gol — em um único processo. Os clientes da Gol que vivem no Brasil, entretanto, têm que comprar passagens separadas para uma viagem semelhantes envolvendo uma das companhias internacionais.

Oliveira disse que a Gol quer melhorar o sistema de reservas para permitir acordos de código compartilhado verdadeiramente recíprocos, mas afirmou que a companhia está desenvolvendo um sistema que será financeiramente mais eficiente que os tradicionais sistemas globais de distribuição.

A questão envolvendo o interesse da Gol em participar de uma das grandes alianças passou a ser acompanhada com mais interesse desde que a Lan Airline, do Chile, que faz parte da Oneworld Alliance, e a TAM SA, maior do Brasil e membro da Star Alliance, anunciaram planos de se fundir.

Oliveira ressaltou que a Tam e a Lan — que serão chamadas de Latam — estão criando uma enorme companhia na região, mas que a Gol mantém sua vantagem competitiva graças ao modelo de baixo custo e foco nas rotas domésticas.

Na medida em que trabalha para melhorar o seu modelo de negócios, a Gol está buscando maneiras de aumentar a receita secundária. A empresa, que normalmente serve apenas água e amendoins nos voos, começou a oferecer comida paga em cerca de 50 rotas. Os diretores dizem que o serviço está sendo bem recebido e que será expandido para cerca de 500 voos diários — do total de 900 da companhia — até o primeiro trimestre do ano que vem.

A Gol também pretende lançar até o fim de outubro um novo serviço de entretenimento que permitirá aos clientes acessar conteúdo variado, oferecido por parceiros da Gol, em seus celulares durante o voo. O conteúdo não será ao vivo, mas será carregado no servidor da aeronave pouco antes da decolagem.

Oliveira disse que o serviço será gratuito, mas, em algum momento, espera gerar receita com vendas para patrocinadores. O diretor-presidente admitiu que o serviço, que ele disse que será o primeiro deste tipo, não é tão bom quanto a internet WiFi, mas tem um custo mais atraente.

Enquanto isso, a empresa mantém esforços para se desalavancar. Pereira, o diretor financeiro, disse que a Gol não tem planos de emitir dívida nova. A companhia lançou US$ 300 milhões em bônus em julho, o que, disse Pereira, eliminou o risco de refinanciamento pelos próximos três anos.
contato radar

Nenhum comentário: