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terça-feira, 30 de junho de 2009

Iêmen diz que avião que caiu no Índico passou por inspeção em maio

O ministro dos Transportes do Iêmen, Khaled Ibrahim al Wazeer, afirmou que o avião Airbus A310-300 da companhia aérea Yemenia Airways, que caiu nesta segunda-feira com 153 pessoas a bordo no oceano Índico, passou por uma inspeção em maio sob supervisão da Airbus. A declaração foi resposta aos relatos da França de que a aeronave não passou por uma inspeção em 2007 e foi proibida de voar no país.

"Foi uma ampla inspeção realizada no Iêmen [...] com especialistas da Airbus", disse Wazeer, citado pela agência Reuters. "[A inspeção] estava de acordo com os padrões internacionais."

Veja os principais acidentes com aviões da Airbus desde 1990


Khaled Abdullah/Reuters
Parentes de passageiros esperam do lado de fora do desembarque no aeroporto internacional de Sanaa (Iêmen)
Parentes de passageiros esperam do lado de fora do desembarque no aeroporto internacional de Sanaa (Iêmen)

O voo partiu de Paris, na França. Os passageiros fizeram então uma escala em Sanaa, capital do Iêmen, onde trocaram de aeronave, de um Airbus 330 para o Airbus 310. O avião seguiu então para as ilhas Comores--a cerca de 300 km de Madagascar. O avião decolou pouco depois das 21h30 (15h30 no horário de Brasília) e deveria voar durante 4h30 antes de pousar em Moroni, capital comorense.

Não há informações sobre o que teria derrubado a aeronave. Autoridades comorenses e iemenitas afirmam que o mau tempo pode ter contribuído.

Uma criança de 5 anos foi o único passageiro resgatado com vida até o momento. As equipes de resgate continuam buscando por destroços do avião, mas as operações são prejudicadas pelo mau tempo, segundo autoridades comorenses.

Segundo o ministro iemenita, a prioridade é encontrar mais sobreviventes. Ele afirmou ainda que as equipes não começaram a busca pela caixa-preta.

Segundo o secretário de Transportes francês, Dominique Bussereau, a Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) da França constatou em uma investigação de 2007 "um certo número de defeitos" no avião Airbus A310-300.

O avião da companhia Yemenia Airways "tinha passado por um controle da DGAC na França em 2007 e foi constatado um certo número de defeitos", afirmou.

Em entrevista à emissora de TV i-Télé, Bussereau afirmou que, a partir de então, a aeronave foi proibida de voar na França.

Um funcionário da Comissão Europeia afirmou, em condição de anonimato, que a mesma aeronave iemenita foi objeto de um inquérito em 2007 sobre seu registro de segurança.

"Em julho de 2007, o avião nos deu motivos para começar um inquérito sobre os registros de segurança da Yemenia", disse o funcionário.

"A preocupação era com os relatórios incompletos de procedimentos e acompanhamentos. Os Estados membros fizeram 24 inspeções nos últimos dois anos, mostrando que os registros estavam melhorando", disse, sobre a Yemenia, que não está na lista negra da União Europeia.

Depois da notícia do incidente, o chefe de Transportes da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia), Antonio Tajani, propôs a criação de uma "lista negra mundial" com nomes de companhias aéreas perigosas e que não fazem correta manutenção de suas aeronaves.

Tajani lamentou que a Yemenia Airways não fizesse parte da lista negra europeia, já que, assim, "os passageiros mudariam de avião, já que os controles são muito severos."

"Segundo os franceses, o avião que caiu não era um bom avião. Temos que verificá-lo. Queremos que todos os europeus voem em aviões que consideram seguros", continuou. O ministro de Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, confirmou nesta terça-feira que 66 franceses viajavam no avião iemenita.

FOLHA ON LINE

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