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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saiba mais sobre a Esquadrilha da Fumaça, uma das atrações do 7 de Setembro

O Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), carinhosamente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, realizou sua primeira exibição oficial em 14 de maio de 1952. Era o início da saga de pilotos e mecânicos que, com a energia apaixonada daqueles que entregam corações e mentes à realização de um ideal, empolgam multidões, deixando, no dissipar da fumaça de seus aviões, a imagem de uma Força Aérea formada por profissionais altamente motivados, eficientes e, ao mesmo tempo, humanos e capazes de conduzir suas máquinas de guerra com maestria e segurança.

O Esquadrão utilizou, até ser desativado, em 1977, os aviões norte-americanos NA T-6 Texan, construídos sob licença no Brasil durante a Segunda Grande Guerra. No final dos anos 60, por um breve período, operou os jatos de fabricação francesa Super Fouga Magister, denominados T-24 na Força Aérea Brasileira (FAB). Reativada em 1982, a Esquadrilha da Fumaça utiliza, desde então, os turboélices de treinamento T-27 Tucano, fabricados no Brasil pela EMBRAER. Atualmente, com mais de 3260 demonstrações realizadas no Brasil e no exterior, a Esquadrilha da Fumaça representa, para milhares de pessoas, a oportunidade de travar contato, de maneira emocionante e inesquecível, com a Força Aérea Brasileira, passando a respeitá-la e admirá-la pela capacidade dos profissionais que a representam.

A demonstração

A tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça tem duração de 32 minutos, na qual são exibidas aproximadamente 22 sequências de manobras (equipe) com 55 acrobacias (individuais). Podem-se citar algumas: Looping em Formatura V, Break, Loopings Coincidentes, Parafuso Vertical Ascendente, Cruzamento com Tonneau Lento, Wingovers Simultâneos, Meio Oito Cubano, Split, Tonneau Lento, Meio Oito Cubano com Tonneau Rápido no Topo, Wingovers com Troca de Liderança, Panqueca, Estol de Badalo, Looping com Desfolhado Descendente, Cruzamento Simultâneo com 6 Aeronaves, Trevo à Direita com Tonneau Rápido no Topo, Bomba, Tonneau Barril, Meio-Looping com Retorno no Dorso, Formatura Espelho com Seis Aeronaves (manobra exclusiva da Esquadrilha da Fumaça), Tonneau de Quatro Tempos, Snap, Looping com Reversão de 90º, Coração, Dispersão em Leque, dentre outras.

As manobras mais recentes foram incluídas em junho de 2008, em comemoração aos 56 anos da Esquadrilha da Fumaça, permanecendo até os dias atuais. Para saber mais

A Equipe

A Esquadrilha da Fumaça é formada por treze pilotos, que se revezam em sete posições de vôo a cada demonstração. Toda apresentação conta com 7 aeronaves. Quando não há aeronave de apoio, ou seja, em circuitos breves, a equipe se desloca normalmente com 16 militares, sendo 8 pilotos (Oficiais) e 8 mecânicos (Suboficiais e Sargentos). Apenas um dos pilotos não participa da demonstração, pois fica responsável pela locução, um auxiliar (mecânico).

Os pilotos, todos formados na Academia da Força Aérea (AFA), , podem se candidatar para ingressar no Esquadrão após completar 1500 horas de voo, sendo 800 delas como instrutores de voo da AFA. Além disso, para fazer parte do grupo, o oficial deve ser voluntário e precisa ser aprovado por um Conselho Operacional, composto por todos os oficiais do Esquadrão.

Equipe de Pilotos no ano de 2009

#1 – Ten Cel Av José Aguinaldo de Moura (comandante);
#2 – 1º Ten Av Marcelo Franklin Rodrigues;
1º Ten Av Anderson Amaro Fernandes;
#3 – Cap Av Carlos Henrique Baldin;
1º Ten Av André Fabiano da Silva;
#4 – Cap Av Ricardo Felzcky;
1º Ten Av Nielson de Araújo Silva;
#5 – Cap Av Gil Eduardo de Lima e Silva;
Ten Av Márcio da Costa Correa;
#6 – Cap Av Libero Onoda Luiz Caldas;
Cap Alexandre de Carvalho Ribeiro; e
#7 – Maj Av Cláudio José Lopez David;
Maj Av Aloísio Secchin Santos

A posição de vôo número 7, o isolado, é revezada pelos pilotos que estão em seu terceiro ou quarto ano no EDA, por períodos de aproximadamente cinco meses, ou de acordo com a necessidade operacional.

Para que os aviões possam voar com o máximo desempenho e total segurança, uma equipe de técnicos altamente especializados trabalha incansavelmente. Esses técnicos, formados pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada na cidade de Guaratinguetá/SP, são os responsáveis pela eficiência das aeronaves, empregando todos os seus conhecimentos para que a apresentação da Esquadrilha seja cercada da maior segurança. Tamanha é a confiança na qualidade de seus trabalhos que os pilotos os batizaram como Anjos da Guarda.

A missão

O Esquadrão de Demonstração Aérea tem como competências:

- Estimular e desenvolver a vocação e a mentalidade aeronáutica;
- Valorizar a Força Aérea Brasileira e o sentimento de nacionalismo;
- Expressar a afirmação e o profissionalismo de todos os componentes da FAB;
- Demonstrar o alto grau de treinamento e a capacidade dos pilotos brasileiros;
- Comprovar a qualidade dos produtos da indústria aeronáutica brasileira;
- Contribuir para uma maior integração entre a Força Aérea Brasileira e as demais Forças Singulares;
- Estimular o entrosamento entre os segmentos civil e militar ligados à atividade aeronáutica;
- Representar a FAB no exterior como instrumento diplomático;
- Difundir a política de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica; e
- Participar do processo de integração nacional, marcando a presença da FAB nos eventos realizados em todo o país.

A aeronave T-27 Tucano

- Fabricada pela EMBRAER;
- Aeronave monomotor, capacidade para dois ocupantes, destina-se a missões de treinamento e ataque;
- Motor Pratt & Whitney PT6A-25C, 750 SHP, hélice Hartzell HC B3TN-3C/T10178-8R, tripá, velocidade constante;
- Velocidade Máxima: 284 kts ou 525 km/h ao nível do mar;
- Velocidade de Cruzeiro: 210 kts ou 390 km/h;
- Capacidade do Tanque: 1140 lb ou 517 l;
- Autonomia: 04h 30min;
- Alcance: 950 nm;
- Subalares: cada um comporta 400 l ou 704 lb utilizáveis – total de 800 l ou 1408 lb;
- Autonomia com subalares: Aproximadamente 10h;
- Alcance com subalares: 1800 nm.

A Esquadrilha da Fumaça no 7 de setembro

Os preparativos para utilização da fumaça colorida

A mistura que origina a fumaça colorida é feita do habitual óleo utilizado nas demonstrações, adicionado de corante e solvente. A formulação para as 3 cores foi desenvolvida pelo Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG) mas, atualmente, o responsável pela produção da mistura é o Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS).

Quando o Esquadrão de Demonstração Aérea recebe o preparado, os mecânicos abastecem o tanque de óleo da aeronave como se fosse realizar uma demonstração tradicional. No entanto, o grande envolvimento da equipe incide em preparar a aeronave para que o corante da mistura não se fixe à sua pintura. Deste modo, os T-27 recebem uma pasta de polimento antes e são lavadas logo após o vôo comemorativo.

É possível realizar uma demonstração tradicional com fumaça colorida?

Não. O principal motivo deve-se ao fato de que, durante a demonstração, o corante da fumaça iria fixar-se no canopi da própria aeronave que a acionou, prejudicando a visualização dos pilotos. Além disso, a fumaça colorida dissipa mais rapidamente do que a branca.
Assim, por questões logísticas e de segurança, a fumaça colorida só é utilizada em desfiles aéreos, mais usualmente no Dia da Independência.

Fonte: CECOMSAER e EDA

ANR

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