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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Boeing projeta compra de até 650 aviões pelo Brasil em 20 anos


SÃO PAULO - O mundo precisará de 29 mil novos aviões nos próximos 20 anos, uma demanda avaliada em US$ 3,220 trilhões pela Boeing. A fabricante de jatos acredita que o maior mercado para o setor está na região Ásia-Pacífico, que concentrará 31% desse montante, com 8.960 aeronaves.

Na América Latina a necessidade é projetada em 1.640 novos aviões no período, com gasto estimado de US$ 150 bilhões, sendo que as compras feitas pelo Brasil devem representar de 30% a 40% do total de unidades, ou até 656 jatos.

O mercado de aviação civil da Boeing na América Latina abrange 78 companhias aéreas clientes e 564 aeronaves em serviço, para atender uma média de 311,5 mil passageiros em 2.780 voos diários. Segundo a empresa, há uma carteira com encomendas de mais 184 aviões para a região.

Os dados foram apresentados hoje em São Paulo pelo vice-presidente de estratégia e mercado da Boeing Commercial Airplanes, Randy Tinseth. Se confirmada essa previsão de demanda, a a América Latina alcançará um total de 2.390 aeronaves no prazo de 20 anos. Considerando apenas o mercado brasileiro, onde a Boeing tem atualmente 171 aeronaves em circulação, com 14 companhias aéreas, as previsões também são positivas. A empresa avalia que a economia local crescerá 4,5% ao ano daqui para 2019.

É menos do que os 7,2% de expansão média projetada para a China, mas superior aos 3,8% de crescimento estimado para toda a região da América Latina e também maior que o índice de 4,1% de aumento do PIB global no período. No mundo todo, a perspectiva é de um aumento de 4,9% no tráfego aéreo global.

Ainda considerando dados globais, o número de passageiros nesse período deve ter avanço médio de 4,1% ao ano e o tráfego aéreo medido pela receita por quilômetro-assento (RPK) crescerá 4,9% no mundo, com alta de 5,4% no caso de transporte de carga.

Ainda que o quadro atual envolva recessão, tráfego em baixa, preços de combustíveis voláteis, incertezas e lucro sob pressão, a fabricante americana de aeronaves acredita em recuperação, puxada por países emergentes.

Impacto dos Jogos Olímpicos O executivo da Boeing não acredita que a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil seja um grande estímulo para a compra de aeronaves. Segundo ele, a experiência global mostra que as decisões de encomenda de aviões estão ancoradas em planos de longo prazo, de 10 a 20 anos. Assim, os planos de frota no Brasil "devem se manter os mesmos".

"Os Jogos Olímpicos ocorrem em um prazo muito curto para impulsionar esta compra", avalia Randy Tinseth. Segundo ele, na China, por exemplo, a Olimpíada acabou afastando o turista regular, que iria para o país por outra razão que não os jogos, pois ele pensa na lotação da cidade. "No caso da China, poucas semanas após os jogos, a cidade (de Beijing) estava vazia", afirma.

UOL

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