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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Capitão diz que, após ser atingido por traficantes do Morro dos Macacos, queda do helicóptero durou 90 segundos

O capitão Marcelo Vaz, comandante da aeronave que foi abatida no sábado por traficantes em Vila Isabel, deu uma entrevista a jornalistas agora há pouco no auditório do Grupamente Aeromarítimo da Polícia Militar de Niterói, onde será realizada uma missa de sétimo dia pelos três policiais que morreram na queda da aeronave. Ele contou que, entre a aeronave ser atingida e a queda no campo de futebol, passaram-se apenas 90 segundos. O piloto disse que já falou com os parentes dos companheiros que morreram no acidente e pediu desculpas.

- Pensei em levar a máquina para um local seguro. Mas a função piloto é toda hora de tomador de decisões. A condição meteorológica muda, é um vento que muda. No meu caso, eu estava em pane. Lembrava de uma pedreira. Do campo de futebol eu não me lembrava. Então, saí para a pedreira e quando eu estava na final, já para pouso, surgiu o campo de futebol. Então, levei para o campo de futebol.

Marcelo Vaz relatou que sentiu o impacto do tiro no helicóptero e, logo em seguida, os gritos da tripulação de que havia fogo e policiais atingidos. De acordo com o capitão, nesse momento, ele abstraiu a situação de perigo e se concentrou apenas no pouso.

- Eu escutava vozes: fogo, tô baleado, mas definir quem estava baleado naquele momento eu não sabia.

O capitão afirmou que a aeronave não bateu e nem explodiu, que ele conseguiu pousar, mas era muito fogo, e isso consumiu o aparelho.

Indagado se se sente culpado pelo ocorrido, disse apenas:

- Era a minha equipe, eu era o comandante - disse com lágrimas nos olhos.

O piloto tem 38 anos e seis anos como piloto. Hoje, ele voou de helicóptero pela primeira vez após o acidente, e disse que não sentiu medo, mas um pouco de desconforto.

Também presente à missa, o comandante do Grupamento Aeromarítimo, tenente coronel Eduardo Luiz Brandão Ribeiro, disse que o apoio das aeronaves da Polícia Militar em operações está suspenso por causa do luto da corporação. De acordo com o comandante, as atividades voltarão o mais rápido possível e mudanças estão sendo estudadas.

Ele disse ainda que o acidente da aeronave serviu como um aprendizado e que a corporação está buscando mais meios e condições melhores para aumentar a segurança da tropa.

O Globo

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