- Pensei em levar a máquina para um local seguro. Mas a função piloto é toda hora de tomador de decisões. A condição meteorológica muda, é um vento que muda. No meu caso, eu estava em pane. Lembrava de uma pedreira. Do campo de futebol eu não me lembrava. Então, saí para a pedreira e quando eu estava na final, já para pouso, surgiu o campo de futebol. Então, levei para o campo de futebol.
Marcelo Vaz relatou que sentiu o impacto do tiro no helicóptero e, logo em seguida, os gritos da tripulação de que havia fogo e policiais atingidos. De acordo com o capitão, nesse momento, ele abstraiu a situação de perigo e se concentrou apenas no pouso.
- Eu escutava vozes: fogo, tô baleado, mas definir quem estava baleado naquele momento eu não sabia.
O capitão afirmou que a aeronave não bateu e nem explodiu, que ele conseguiu pousar, mas era muito fogo, e isso consumiu o aparelho.
Indagado se se sente culpado pelo ocorrido, disse apenas:
- Era a minha equipe, eu era o comandante - disse com lágrimas nos olhos.
O piloto tem 38 anos e seis anos como piloto. Hoje, ele voou de helicóptero pela primeira vez após o acidente, e disse que não sentiu medo, mas um pouco de desconforto.
Também presente à missa, o comandante do Grupamento Aeromarítimo, tenente coronel Eduardo Luiz Brandão Ribeiro, disse que o apoio das aeronaves da Polícia Militar em operações está suspenso por causa do luto da corporação. De acordo com o comandante, as atividades voltarão o mais rápido possível e mudanças estão sendo estudadas.
Ele disse ainda que o acidente da aeronave serviu como um aprendizado e que a corporação está buscando mais meios e condições melhores para aumentar a segurança da tropa.
O Globo
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