PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Falta de pilotos pode pôr em risco o crescimento da aviação mundial



Com as encomendas das fabricantes de aeronaves indicando que a frota mundial ganhará mais 5 mil aviões até 2024, estima-se que será necessário formar 17 mil novos pilotos por ano para dar conta da demanda. Para muitos analistas, a falta de pilotos pode comprometer o crescimento das companhias aéreas que, recuperadas da crise de 11 de setembro de 2001, têm registrado taxas de expansão superiores a 6% ao ano.

A situação é tão dramática que a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), entidade ligada às Nações Unidas, está reduzindo as exigências de horas de vôo necessárias para a emissão da habilitação de pilotos para dar conta da demanda.

A maior procura por profissionais está na Ásia, sobretudo China e Índia, e Oriente Médio. De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), o número de brasileiros voando no exterior passa de 450.

No Brasil, por causa da crise da Varig - que tinha até meados do ano passado mais de 1,5 mil pilotos e co-pilotos em seus quadros - a situação é menos crítica. Parte da expansão do mercado nacional está sendo suprida por esses profissionais. Mas as duas líderes, TAM e Gol, estão tendo que tratar bem seus profissionais, com bons salários e benefícios, para não perdê-los.
No final do ano passado, a Gol precisou conceder um aumento de 44% na hora variável de um comandante para estancar a perda de profissionais. A empresa chegou a perder 12 comandantes e estava com dificuldades de contratar novos.

Segundo o SNA, a TAM também andou perdendo profissionais para o exterior nos últimos dois anos. A empresa nega. "O êxodo é no sentido contrário", Nos últimos 12 meses, a TAM contratou 180 pilotos e co-pilotos, dos quais 150 oriundos da Varig.

"Agora, estamos contratando apenas co-pilotos, e promovendo os co-pilotos mais antigos",

No mês que vem a empresa fará uma seleção para contratar cerca de 200 co-pilotos. Já existem 800 inscritos.

Tanto TAM quanto a Gol dizem estar tranqüilas quanto ao futuro, pois têm em seus quadros co-pilotos suficientes para serem promovidos a piloto. Juntas, as duas companhias contam com cerca de 1,3 mil co-pilotos. Destes, quase 800 acumulam experiência e tempo de vôo suficiente para serem promovidos a comandantes.

Com os planos de expansão da TAM no exterior e com a perspectiva de volta da Varig ao mercado internacional, os pilotos mais experientes da Varig que foram voar no exterior estão querendo fazer o caminho de volta. "A vida na Ásia não é fácil", diz a presidente do SNA, Graziella Baggio. O vice-presidente da TAM conta que já recebeu currículo de 25 pilotos que estão trabalhando na Coréia e em Formosa e que gostariam de voltar.
A formação de um piloto é cara, tanto para as empresas como para os próprios profissionais. Para ser admitido como co-piloto em uma empresa de aviação comercial, o profissional tem que ter uma carteira de piloto comercial, com uma experiência mínima de 150 horas de vôo. As horas-aula custam caro e o investimento na formação pode chegar a US$ 20 mil. "Ninguém investe essa quantia sem a garantia do emprego",

No Brasil, a cada ano formam-se cerca de 500 pilotos com carteira de piloto comercial. Esse profissional entra em uma companhia aérea como co-piloto para ganhar experiência e, depois de 6 a 7 anos, pode ser promovido a piloto. Para se formar um piloto internacional, são mais 10 a 15 anos de experiência.

Salários Os salários de um piloto variam conforme a produtividade. Um piloto que voa no mercado doméstico ganha entre R$ 10 mil a R$ 15 mil por mês. Para reter os profissionais, as empresas oferecem bons planos de saúde, previdência privada, participação nos resultados e outros benefícios. "Hoje o fixo é baixo, mas as horas são melhor remuneradas", afirma Graziella.
A nova regra da ICAO para a formação de pilotos está em fase de testes. A entidade criou um novo tipo de licença que exige mais tempo de treinamento (240 horas), mas permite que mais horas sejam cumpridas em simulador, reduzindo as exigências de horas de vôo real. O resultado é um treinamento mais barato e mais rápido.
Contato Radar

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa notícia é de Abril de 2007... super desatualizada!!!!