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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

TAM prevê melhora de demanda e deve aumentar preços

O presidente-interino da TAM, Líbano Barroso, que assumiu o cargo depois da saída intempestiva de David Barioni Neto na sexta-feira, afirma que a companhia está pronta para obter maior geração de caixa nos próximos meses, após passar por um período de grandes investimentos e ajustes.

O presidente, que também é diretor-financeiro da TAM, acredita que a guerra de tarifas se reduzirá no quarto trimestre, tradicionalmente o melhor do setor, por conta das festas de fim de ano.




Barroso afirma que as promoções foram necessárias num momento em que a demanda caiu. De janeiro a junho, o setor cresceu apenas 3,2%, enquanto, em julho, a alta foi de 26,5%. Em agosto o mercado cresceu 21,5% e, em setembro deve ficar entre 25% e 27% segundo previsão da TAM. " As companhias estimularam o tráfego e isso trouxe um resultado na ocupação. Agora temos espaço para aumento de tarifas, o que já está acontecendo " , avalia o executivo.

Barroso lembra que nos últimos quatro anos a companhia adquiriu 83 aeronaves e fez um alto investimento para melhorar o padrão de segurança, conseguindo certificado de autoridades da aviação europeias e americanas. " Temos uma visão clara de dar ao cliente a qualidade no atendimento " , afirma o presidente-interino da companhia.

Ele fez questão de dizer que a companhia seguirá o projeto de seu antecessor. Os projetos de Barioni serão implementados, disse ele, e a companhia segue no mesmo rumo: aumentar o número de rotas e de assentos, aproveitar o crescimento da demanda para aumentar a ocupação das aeronaves e investir em segurança, tudo isso sem perder o padrão TAM de atendimento e a liderança no mercado.

Mas o mercado financeiro não viu a saída de Barioni com tanta tranquilidade. Analistas ouvidos pelo Valor dizem que a decisão foi tomada depois da divulgação dos resultados negativos do segundo trimestre.

Apesar de o lucro ter crescido 134% para R$ 788,9 milhões, a TAM apresentou resultados negativos como a queda de 8,6% na receita líquida e aumento de custos e despesas operacionais de 3,6% para R$ 2,450 bilhões. A concorrente Gol não apresentou um lucro tão grande ( foi de R$ 353,7 milhões) mas teve um recuo de custos e despesas operacionais de 25,9% para R$ 1,304 bilhão. A receita líquida caiu 4,8%.

A diferença no desempenho tem feito as ações da Gol se valorizarem muito mais do que a da TAM na Bovespa.

Nos últimos 12 meses, as ações da Gol subiram 86,91%, enquanto as da TAM caíram 17,98%.

No pregão de ontem, as ações da TAM caíram 0,75% - a sétima maior queda registrada ontem na bolsa. Os analistas Caio Dias e Carlos Eduardo Lucato, do Banco Santander, divulgaram nota, afirmando que a TAM está envolvida em importantes programas e que o cronograma pode ser afetado pela mudança na presidência.

Barroso rebate a avaliação do mercado e afirma que a tendência da companhia é de recuperação de caixa principalmente devido ao cenário no mercado internacional responsável por 45% da receita da TAM. Rotas para Frankfurt, Londres e Santiago tiveram sua capacidade aumentada com novas aeronaves 777-300. Foram também abertas rotas diretas para Orlando, Rio-Miami e Rio-Nova York.

Segundo Barroso, todas estão com uma ocupação bastante satisfatória principalmente por conta de novos acordos de code-share como a adesão à Star Alliance. " Os grandes investimentos foram efetuados e agora vamos colher os frutos " , disse.

último Segundo

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