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terça-feira, 29 de junho de 2010

O dia em que quase morri



No dia 24 de junho, estava com minha bicicleta atravessando um dos trechos mais tensos das minhas pedaladas, que é a travessia do viaduto da av. dos Bandeirantes, continuação da av. Jabaquara. Aliás, a travessia de qualquer ponte ou viaduto de São Paulo (a pé ou de bicicleta) é um feito digno de medalha. Nesse dia notei um caminhão a 12 cm do meu ombro. Do seu lado esquerdo havia outra faixa de rolamento sem carro nenhum, mas o motorista fez questão de passar a míseros centímetros de mim.

Mas não é por causa desse idiota que escrevo, e sim porque, no mesmo dia, um avião que iria fazer uma aterrissagem em Congonhas fez uma manobra brusca para evitar uma colisão, tendo que abortar a aterrissagem.

Pra variar, esse tipo de informação é sempre sonegada ou maquiada. Nunca vão nos dizer o que exatamente aconteceu. Mas quem estava no avião disse que o procedimento de aterrissagem havia começado e, de repente, ocorreu uma queda brusca, e uma passageira, mesmo usando o cinto de segurança, diz ter levantado uns dois palmos da poltrona.

Bem, como já escrevi aqui, há poucos meses mudei para perto da cabeceira do aeroporto de Congonhas. Já me acostumei ao sobe e desce dos aviões. O barulho incomoda, mas creio que já sofri danos aos meus ouvidos o suficiente para tolerá-los; me acostumei até com o tremor que sinto no prédio, quando uns miniconcordes pousam nesse nosso minúsculo aeroporto.
Ainda bem que o piloto foi hábil e prudente, pois, do contrário, eu e milhares de pessoas poderíamos ter morrido devido a essa insistência de manter um aeroporto tão movimentado no meio (mesmo) de um centro urbano.

Mas fazer o quê? Como cobrar algo de alguém que nem as leis respeita? Para conceder a licença ambiental ao aeroporto, a Secretaria do Verde de São Paulo fez 90 exigências e, em vez de cumpri-las, a Infraero conseguiu barrá-las na Justiça Federal. Dentre as exigências, havia a limitação do tamanho das aeronaves e a mudança de horário: de 6h às 23h, atualmente, para 7h às 22h00. Algo complicado para alguém que nesse sábado autorizou um voo às duas da manhã. Mas enquanto não morremos em mais um desastre aéreo anunciado, vamos vivendo e procurando cumprir as leis, pois para quem é do povão e não é rico a lei é cruel e implacável.
DESTAK

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