SÃO PAULO - Após perícia, a Polícia Militar confirmou que o artefato encontrado no Terminal 1 do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos na Grande São Paulo, era mesmo uma granada. Segundo a PM, a análise foi feita pelos soldados do Grupo de Ações Táticas Especias (Gate). Ainda de acordo com a PM, a granada tinha poder de explosão e só não foi detonada porque estava travada.
- Era uma granada de fabricação de caseira, não era industrializada. Vamos tentar saber o tipo de explosivo e sem tem resíduo de impressão digital - afirmou o comandante do Gate, capitão Adriano Giovanini.
Segundo Giovanini, ainda não se sabe a quantidade de explosivo no artefato. O comandante informou que a granada estava presa com fita plástica a tubo cheios de areia e fios, mas nestes tubos não havia substância explosiva.
Os policiais do Gate isolaram, por volta de 0h20min desta segunda-feira, o terminal de passageiros devido à suspeita de bomba.
Segundo testemunhas, um homem bem vestido e desarmado entregou um bilhete à caixa do estacionamento do Terminal 1 informando que tinha uma bomba dentro de uma sacola plástica. Ele ameaçava explodir tudo caso o dinheiro arrecadado no fim de semana não fosse entregue.
O bilhete foi escrito com letras recortadas de uma revista e mencionava o nome do dono do estacionamento. Para a polícia, isso indica que o ladrão pode ser um ex-funcionário que conhecia a rotina de trabalho. O assaltante chegou exatamente na hora da troca de turno dos supervisores do estacionamento. Uma delas saía com os malotes de dinheiro.
- Ele disse que explodiria tudo. Foi terrível. Você não vai pagar para ver ele explodir tudo. Entrei em pânico - disse a supervisora, que preferiu não ser identificada.
O assaltante pediu que ela o acompanhasse com os malotes, mas depois mudou de idéia. Tomou os malotes da mão da mulher e fugiu. O suspeito roubou entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, e fugiu em direção ao terminal do aeroporto. Ele deixou a sacola com a suposta bomba perto de um caixa eletrônico, dentro do saguão.
A supervisora do estacionamento acionou a Polícia Civil e, em seguida, o Gate foi chamado. Com equipamento de raio X, os policiais do Gate esvaziaram o terminal e identificaram um objeto com o formato de uma granada dentro do pacote, pouco depois da 1h. Um robô tombou a sacola e revelou um objeto preto embrulhado em um papel vemelho.
Usando roupas especiais, um policial recolheu o artefato e o colocou abaixo de um banco de concreto no estacionamento. À 1h40m, os policiais usaram um detonador, mas o objeto não explodiu. O artefato foi então transportado à sede do Gate para perícia.
Os soldados do Gate fizeram uma varredura pelo Terminal 1, já que o assaltante havia dito que outras bombas estavam espalhadas pelo aeroporto. Nada foi encontrado.
De acordo com a Infraero, não houve atraso nos voos por causa da interdição do terminal e nenhum avião chegou a ser desviado.
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