São Paulo - Na tentativa de reduzir o número de atrasos e cancelamentos de voos, a Azul Linhas Aéreas vai começar a operar dois aviões de “socorro”. O primeiro avião, modelo Pilatus PC-12 (monomotor com capacidade para oito pessoas e um grande compartimento de cargas), já começa a voar nos próximos dias e tem a missão de levar peças e técnicos de manutenção até as aeronaves que apresentarem algum tipo de problema.
A companhia, com foco na aviação regional, tem o maior número de destinos no país e atende 104 aeroportos com cerca de 900 voos diários. Tudo isso é feito com uma frota de 132 aviões, que eventualmente podem necessitar de reparos – além das manutenções agendadas. Atualmente a Azul tem dois centros de manutenção, em Campinas e Belo Horizonte, e precisa fazer o transporte das aeronaves até um desses locais para realizar os consertos.
“Aeronave no chão por falta de peça é um transtorno para qualquer empresa aérea. A ideia é diminuir o tempo dos reparos e reduzir o número de cancelamentos em até 40%”, diz Flávio Costa, vice-presidente Técnico-Operacional da Azul.
O índice de pontualidade da companhia é de 94%. Os 6% que atrapalham a vida da Azul estão atrelados a variáveis como condições climáticas, infraestrutura dos aeroportos e também a manutenção das aeronaves.
Investimento
Cada avião socorrista custou US$ 2 milhões e oito pilotos da própria companhia serão remanejados para atuar na operação de emergência. Os monomotores ficarão alocados nos centros de manutenção e serão utilizados somente em caso de problemas – não serão usados para táxi aéreo no tempo vago, como acontece em outras empresas do setor. “A ideia é ser rápido. Qualquer aeroporto do país será atendido em até cinco horas”, afirma o vice-presidente.
Com a chegada dos monomotores, a Azul reduzirá o número de aeronaves reservas, que ficam paradas para atender situações de contingência. “O investimento representa uma economia nos custos operacionais da companhia, uma vez que essa ação nos permite colocar mais uma aeronave comercial para atender regularmente a nossa malha aérea”, afirma Costa. Atualmente há seis aeronaves de reserva e a empresa pretende reduzir esse número colocando mais um Embraer 195, com capacidade para 118 assentos, em operação.
EXAME
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