Assessorada pelo banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, família Amaro começa a diversificar os investimentos.
Ao promover a abertura de capital da Multiplus, empresa que gerencia o seu programa de fidelidade, a TAM dá os primeiros passos para deixar de ser apenas uma companhia aérea. Para quem a conhece por dentro, o pedido protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta semana reflete um plano mais amplo da família Amaro - o de apostar em novos negócios, sejam eles controlados pela TAM, ou diretamente subordinados à TEP, holding que reúne os ativos dos herdeiros do Comandante Rolim. Depois da Multiplus, o próximo candidato ao IPO seria o Centro de Manutenção de São Carlos (SP), que seria transformado em uma nova empresa para ir a mercado. Em paralelo, os Amaro também desejam participar da operação de aeroportos se o governo decidir privatizá-los.
Aviões da TAM: controladores querem ampliar o leque de negócios
A direção da TAM gostou da idéia, mas avaliou que, na época, seu programa de fidelidade ainda não tinha porte suficiente para se tornar uma empresa autônoma. Em 2005, por exemplo, a empresa faturou 85 milhões de reais com o programa TAM Fidelidade - o antecessor do Multiplus, lançado em maio deste ano. "Era preciso encorpar o programa", afirma uma fonte que acompanha de perto a empresa. A paciência deu resultado. Com o avanço do mercado brasileiro de aviação, a expansão da TAM em rotas internacionais e o maior número de parcerias, o TAM Fidelidade encerrou 2008 com uma receita de 528 milhões de reais. O crescimento continua neste ano. Até o terceiro trimestre últimos dados disponíveis a receita gerada pelo Cartão Fidelidade é de 522,330 milhões de reais, o que representa um salto de 55% sobre o mesmo período do ano passado.
Exame
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