O acidente é considerado uma das tragédias mais significantes ocorridas nos últimos anos, pois revelou a falha na segurança entre as principais linhas aéreas e empresas regionais no que diz respeito a vôos de curta distância
Quase 1 ano depois do acidente aéreo fatal que clamou a vida de 50 passageiros e tripulantes no vôo entre as cidades de Newark (NJ) e Buffalo (NY), mudanças fundamentais na segurança ainda não foram implementadas, mesmo depois de promessas feitas por órgãos federais de aviação e legisladores. Na última terça-feira (2), há poucos dias do primeiro aniversário do acidente, o Departamento Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) preparou-se para citar as causas do acidente e, conseqüentemente, fazer recomendações.
O acidente é considerado uma das tragédias mais significantes ocorridas nos últimos anos, pois revelou a falha na segurança entre as principais linhas aéreas e empresas regionais no que diz respeito a vôos de curta distância. O problema foi frisado durante uma reunião realizada pelo NTSB em maio do ano passado na qual foi constatado que pilotos de companhias aéreas pequenas estão vulneráveis à fatiga, viagens de longa distância ao trabalho e treinamento inadequado. Desde então, o administrador da Associação Federal de Aviação (FAA), Randy Babbitt, tem persuadido companhias regionais e suas linhas aéreas parceiras a adotarem voluntariamente uma série de melhorias. A FAA também aumentou as inspeções nos seus programas de treinamento de pilotos. Entretanto, o órgão ainda está criando legislações que resolvam as questões de segurança mais críticas levantadas depois do acidente. Uma resolução final pode ser adotada daqui há alguns meses, ou mesmo anos.
Karen Eckert, residente em Williamsville (NY), cuja irmã Beverly Eckert morreu no acidente, disse que os familiares das vítimas estão frustrados pela demora. Ela frisou, por exemplo, que uma versão anterior da proposta de treinamento da tripulação deu às linhas aéreas 5 anos para que seja implementada.
“Isso é muito tempo, levando-se em consideração que vidas podem ser perdidas”, disse ela.
Em Washington – DC, a Casa Branca aprovou uma legislação que obriga o FAA a fortalecer as regulamentações. Não há discordância no que diz respeito à necessidade da legislação, entretanto, a ação tem diminuído o ritmo no Senado por outras disputas. Ainda não é certo quando um projeto de lei será aprovado.
“Aqui estamos nós, quase um ano depois, e basicamente nada mudou no que diz respeito às condições que causaram o acidente”, disse a ex-membro do conselho do MTSB, Kitty Higgins. “A única coisa que mudou é a consciência pública”.
Em 12 de fevereiro de 2009, o vôo 3407 da Continental Airlines estava se aproximando do Aeroporto Internacional Buffalo-Niagara quando as turbinas da aeronave sofreram uma parada aerodinâmica e ela mergulhou de encontro à uma casa. Todos os 49 passageiros e tripulantes a bordo morreram, além de 1 residente que se encontrava na casa. Durante a audiência realizada em maio, testemunhos indicaram que os dois pilotos da aeronave cometeram uma série de erros críticos que levaram ao acidente.
O capitão do vôo, Marvin Renslow, não possuía prática em um equipamento de segurança no Bombardier Dash 8-Q400 que teve importância fundamental nos últimos segundos do vôo, embora ele tenha recebido treinamento em um equipamento similar, mas em um avião menor que ele previamente voou. Além disso, Reslow havia falhado em vários testes de pilotagem antes de ser contratado pela Colgan Air Inc. de Manassas (VA), a empresa regional que operava o vôo para a Continental.
A primeira oficial, Rebecca Shaw, 24 anos, havia ganhado menos de US$ 16 no ano anterior. Ela morava com seus pais perto de Seattle e atravessou o país durante a noite até Newark (NJ) para fazer parte do vôo 3407. Ela estava doente, mas não quis cancelar seu vôo porque havia vindo de muito longe, segundo uma gravação feita na cabine de pilotagem.
Não foi determinado quantas horas de sono ambos pilotos tiveram na noite anterior ao trágico vôo.
BRAZILIAN VOICE
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