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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Venda de jatos de luxo avança no País


SÃO PAULO - Um grupo de 30 executivos, vindos do Kansas, nos Estados Unidos, desembarcou nesta semana em São Paulo para conhecer de perto o mercado brasileiro de aviação executiva. Eles representam uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, a Hawker Beechcraft, que tem no Brasil seu segundo maior mercado depois do americano.

É a primeira vez que a empresa manda uma comitiva com tantos representantes ao País para participar da sétima edição da segunda maior feira de aviação executiva do mundo – a Labace (American Business Aviation Conference and Exhibition), que começa nesta quinta-feira, 12, no Aeroporto de Congonhas.

Nos outros anos, a Beechcraft, representada no País pela Líder Aviação Executiva, comparecia com não mais que dois representantes – prova de que vem aumentando o interesse pelos seletos consumidores brasileiros que tem o privilégio de se locomover pelos ares em aviões particulares. "Isso reflete o empenho da fabricante em entender o nosso mercado", diz Philipe Figueiredo, diretor comercial da Líder e responsável por recepcionar os estrangeiros.

Durante três dias, os executivos da empresa americana e das maiores fabricantes de aviões do mundo estarão no antigo hangar da Vasp em Congonhas: os 118 mil metros quadrados da área estão ocupados por 56 aeronaves e helicópteros que custam de US$ 500 mil a US$ 67 milhões. "É tudo asa com asa, porque o espaço já está pequeno para tantos expositores", diz Ubiratan Lago, responsável pela montagem da Labace. Os aviões começaram a chegar na terça-feira do exterior e desde que aterrissaram em Congonhas uma equipe de seis pessoas tem virado a noite para posicioná-las no hangar.

A feira atrai curiosos mas principalmente empresários interessados em ter um jatinho para chamar de seu ou em trocar seus "brinquedinhos" por outros mais modernos. Os estandes são equipados com restaurantes e salas de reunião para garantir que os negócios sejam fechados com total privacidade, uma exigência da maior ia dos compradores. Até celebridades que aderiram ao transporte aéreo costumam visitar a feira. No ano passado, o jogador do Corinthians, Ronaldo Nazário, esteve por lá.

Movimentação

Com o mercado europeu em crise e o americano ainda em recuperação, países emergentes como o Brasil são quase um oásis para os fabricantes de jatinhos e turboélices. Em três dias de feira, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), organizadora da Labace, espera movimentar cerca de US$ 500 milhões, sem contar os negócios que serão iniciados durante a feira e fechados mais tarde. Nos últimos cinco anos, a frota brasileira de jatinhos cresceu 8,6%, acima da média mundial de 6%. "Com a economia forte, temos mostrado muito vigor nesse mercado", diz José Eduardo Brandão, diretor comercial da OceanAir Táxi Aéreo, que representa a canadense Bombardier.

Na edição deste ano, a Abag vai lançar uma campanha com o objetivo de desvincular a aviação executiva do mercado de luxo. "A decisão de compra é de cunho econômico feito por pessoas que perceberam que o avião é uma ferramenta para alavancar negócios", diz Francisco Lyra, presidente da Abag. "Cerca de 78% dos voos executivos são motivados por negócios."

Mas mesmo esses clientes não dispensam um mimo – design do interior que leva assinatura de marcas como BMW e Porsche, poltronas e cores customizadas e até serviço de bordo com produtos personalizados com o modelo da aeronave. A Ferrari dos jatinhos, um G550 da Gulfstream, permite até a instalação de uma cama de casal no seu interior. O jato, que pode custar até US$ 67 milhões, será uma das estrelas da feira. O empresário Eike Batista, oitavo homem mais rico do mundo, comprou um desses no início do ano depois de vender seu Legacy, da Embraer, com onze meses de uso.

estadao

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