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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

No mundo, diversificação teve êxitos e fracassos


A rota a ser percorrida pela TAM fica cada vez mais nítida rumo à diversificação. A escolha da família Amaro de ampliar a busca por negócios complementares ao transporte aéreo de passageiros sedimenta um modelo que começou a desenvolver nos últimos anos - ainda sob a gestão do executivo Marco Antonio Bologna - e que, no mundo, já teve tanto êxitos como insucessos.

O caso do grupo Lufthansa pode ser apontado como um dos mais bem-sucedidos. Além de administrar a segunda maior companhia aérea da Europa, controla unidades de carga, manutenção, "catering" e tecnologia da informação voltada para a indústria aérea que estão entre as líderes nos seus respectivos segmentos.

Apesar de ter tido prejuízo de € 216 milhões até junho, a Lufthansa é uma das poucas do setor no mundo que ainda não fez cortes severos nas operações e no quadro de funcionários.

Scot Hornick, sócio da consultoria americana Oliver Wyman especializado em aviação, afirma que há inúmeros casos de empresas aéreas que desenvolveram negócios adjacentes e obtiveram muito sucesso quando decidiram separá-los numa unidade de negócios e até mesmo em empresas independentes. Alguns exemplos são o Aeroplan, programa de milhagem da Air Canada que se transformou numa empresa independente, de capital aberto, e a venda do Sabre, sistema de reservas criado pela American Airlines em 2000.

Há, por outro lado, alguns fracassos no setor. Um deles é o caso da antiga Swiss Air, que na década de 90 começou a comprar uma série de empresas de pequeno porte, perdeu seu foco e gerou graves problemas de caixa que culminariam, mais tarde, com sua liquidação e venda à Lufthansa. Hoje, devido à crise econômica, grandes aéreas americanas vêm sendo pressionadas para se desfazer de subsidiárias de voos regionais, por exemplo. "A pressão vem do fato de que muitas unidades secundárias ganhariam muito mais valor se estivessem separadas, sem a influência dos resultados instáveis da companhia aérea", diz Hornick.

Para Andre Castellini, sócio da consultoria Bain & Company no Brasil, não há um único modelo de sucesso na indústria aérea. Ele cita empresas internacionais que seguem o modelo de "baixo custo, baixa tarifa" como a americana Southwest e a irlandesa Ryanair. "Elas são muitos focadas em um único negócio e têm tido alguns dos melhores resultados", diz. Outro modelo é o da Virgin, que não diversificou as unidades de negócio dentro da aviação, mas sim as áreas geográficas em que opera.

Valor Econômico - SP

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