O presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, acusou hoje de irresponsabilidade os cinco sindicatos que convocaram quatro dias de greve e disse que só voltará a sentar-se à mesa das negociações se a paralisação for levantada.
Um grupo de cinco sindicatos de trabalhadores da TAP anunciou esta semana que vai avançar com greves para os dias 28 e 29 de Agosto e 11 e 12 de Setembro, em protesto contra a ausência de revisões salariais desde 2008, uma atitude que o presidente da companhia aérea considera irresponsável no momento actual.
"Agora que estamos no Verão, época em que as empresas recuperam um pouco das perdas" que acumulam desde o final de 2008, "começamos a ouvir falar de movimentos de greve, não nos podemos lembrar de uma palavra diferente de profunda irresponsabilidade", disse Fernando Pinto.
Em declarações aos jornalistas, o presidente-executivo da TAP disse que já recebeu o pré-aviso de greve e apelou aos funcionários para que trabalhem em conjunto com a administração da companhia aérea.
No entanto, Fernando Pinto disse que só voltará a sentar-se à mesa das negociações se a paralisação for desconvocada.
"Conversamos sempre com todos - sindicatos, comissão de trabalhadores e trabalhadores - até ao momento em que há uma declaração de greve", disse, acrescentando que a empresa vê esta intenção como "uma declaração de guerra", pelo que "as consequências terão de ser assumidas pelos próprios sindicatos".
O presidente-executivo da TAP disse não ver motivos para os sindicatos convocarem esta greve, afirmando que "as razões que sindicatos estão a utilizar são falsas".
Os cinco sindicatos denunciaram no início da semana, em comunicado, a compra de 42 novos automóveis para directores da TAP e afirmaram que os rendimentos declarados por Fernando Pinto em 2008 totalizaram "816 mil euros", o dobro dos de 2007.
Destak
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