A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou ontem requerimento de informações ao Ministério da Defesa para que os deputados tenham acesso à lista de cerca de 15 passageiros que teriam utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) como convidados do empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Reportagem da "Folha de S. Paulo" revelou que, faltando dez minutos para pousar no aeroporto internacional de Brasília, no dia 9 de outubro, o Boeing 737 da FAB teve que mudar de itinerário e retornar a São Paulo para buscar novos passageiros: o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e Lulinha, com 15 acompanhantes. Segundo a Comissão, o governo terá o prazo de 30 dias para responder ao requerimento, de autoria do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP).
A oposição, inicialmente, queria a convocação dos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e Jorge Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, para explicarem a "carona". Por pressão da base governista e acordo com os demais parlamentares, o tucano aceitou substituir a convocação pelo pedido de informações ao governo.
Resposta. A assessoria de imprensa do Banco Central informou que Meirelles solicitou a aeronave apenas para ele e um assessor. Já a assessoria da Presidência garantiu que os passageiros, incluindo Lulinha, eram convidados do presidente. A assessoria da FAB afirma que, como o Boeing estava à disposição da Presidência, não havia controle de lista de passageiros e de itinerário.
O Tempo - MG
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