A imprensa paraguaia teve acesso, na semana que passou, a detalhes de um curioso incidente envolvendo um avião da TAM no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, região metropolitana de Asunción. José Amarilla, chefe de inteligência do Ministério do Interior, teria tentado impedir a decolagem da aeronave.
De acordo com o Diário Última Hora, que deu amplo destaque ao assunto, o motivo da suposta ordem para que o avião retornasse ao portão de embarque seria fútil: o atraso do próprio Amarilla, do delegado Luis Bernal e do advogado Óscar Tuma, que perderam a hora e, portanto, o voo.
O episódio aconteceu no dia 24/11, com o voo 706 da TAM, com destino a Ciudad del Este e São Paulo. Entre as ameaças relatadas pelo Última Hora, estava a de colocar caminhões e outros veículos para bloquear a pista, no sentido de impedir a decolagem ou o pouso na região fronteiriça.
Por este motivo, dirigentes da companhia solicitaram a seus empregados no Aeroporto Internacional Guaraní, a 30 quilômetros da Ponte da Amizade, que ficassem de prontidão ante eventuais problemas para o pouso da aeronave.
O bizarro incidente gerou duras críticas por parte de Osvaldo Salinas, presidente da Federação dos Trabalhadores Aeronáuticos. “Nenhum avião, uma vez iniciado o processo de decolagem, pode voltar à área de embarque por um, dois ou vinte passageiros”, afirmou.
Por sua vez, Ceferino Farías, titular da Direção Nacional de Aviação Civil (DINAC), negou que tenha dado ordem para que o avião retornasse ao portão, admitindo, apenas, ter consultado o piloto sobre a possibilidade. José Amarilla também negou o ocorrido, afirmando ter viajado por terra após perder o voo.
Segundo informa o Última Hora, a direção da companhia TAM no Paraguai solicitou à DINAC a abertura de procedimento para investigação dos fatos, uma vez que, além de violar regras internacionais de aviação, a concretização das ameaças poderia colocar em risco a vida dos mais de 80 passageiros a bordo.
Aeroblog
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