RIO - Até o 11 de Setembro, o sujeito que aparece soterrado por CDs na foto aqui ao lado era um pacato funcionário da United Airlines no Galeão. Sérgio Martins trabalhava no check-in, auxiliava passageiros, fazia de tudo um pouco.
Quando viu que a carreira perigava ir pelos ares depois do atentado, ele entrou num programa de demissão voluntária. Com as passagens grátis que ainda tinha na manga, o inglês fluente, alguns contatos e muita cara de pau, Sérgio caiu no mundo e arriscou outra história. Hoje, é o dono do selo LAB 344, que licencia artistas brasileiros lá fora, exporta gringos para outros países e vem trazendo cada vez mais música estrangeira para o Brasil. Só este ano, lançou por aqui os últimos do Sonic Youth, Simply Red (que, aliás, foi disco de ouro), The Lemonheads, A-ha, Belle and Sebastian, Cat Power... Ah, e antes que alguém pergunte, LAB vem de laboratório mesmo, e 344 é a velocidade com que o som se propaga no ar - 344 metros por segundo.
O Globo
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