Desde o atentado falhado do Natal, num voo de Amesterdão para Detroit, que os cidadãos de 14 países são obrigados a submeter-se a maiores medidas de segurança ao viajar para os EUA. A partir de agora, deixará de ser assim. Em vez disso, as autoridades terão em conta uma série de informações específicas de forma a seleccionar aqueles indivíduos que terão de ser sujeitos a mais controlo.
Por exemplo, se os serviços secretos obtiverem a informação de que um nigeriano, com idade de 22 a 32 anos, pode ser uma ameaça terrorista (era o caso de Umar Farouk, que se tentou explodir num avião da Northwest Airlines), os indivíduos que encaixem neste perfil "suspeito" vão passar por medidas de segurança reforçadas se viajarem para os EUA.
"Estas novas medidas utilizam informação em tempo real da ameaça, junto com múltiplas e aleatórias camadas de segurança, visíveis e invisíveis, para mais facilmente mitigar as ameaças terroristas sempre em evolução", disse a responsável pela Segurança Interna, Janet Napolitano. "A ameaça terrorista para a aviação global é um desafio partilhado e assegurar a segurança é uma responsabilidade partilhada", acrescentou.
Questões como a raça ou a religião podem ser usadas para identificar os passageiros que terão de se submeter a maior controlo, apesar das autoridades negarem que é discriminação. Estes dados podem contudo fazer parte da "informação fragmentária" que será usada para fazer a selecção, tal como países visitados recentemente ou fragmentos do nome.
Os responsáveis da segurança dos países de origem dos voos receberão a informação e estão obrigados a proceder a maior controlo no caso de alguém cumprir os requisitos. Os EUA vão testar o sistema e multar caso detectem falhas. Os passageiros vão começar a ver o reforço de segurança nos aeroportos, com medidas de filtragem no check-in, no embarque, detectores de explosivos ou até mesmo cães especializados.
DN
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