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terça-feira, 21 de julho de 2009

Para Itaú, TAM e Gol não precisam temer o trem-bala



O projeto trem-bala, ferrovia de alta-velocidade que ligará a cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro, não deve afetar fortemente a rentabilidade das companhias aéreas brasileiras TAM e Gol, segundo avaliação da corretora do Itaú, que trabalha de forma independente do banco. Em relatório, a corretora listou três fatores fundamentais que reduzem os riscos para empresas aéreas diante desse grande empreendimento.

A primeira razão apresentada pela corretora do Itaú em seu relatório é o fato de que a rota São Paulo-Rio de Janeiro representa apenas 10,6% e 7,7% do total da receita de Gol e TAM, respectivamente. Segundo estimativas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o trem-bala atenderia 50% do mercado. Logo, no pior cenário, a ferrovia poderia contribuir para a redução das receitas da Gol e TAM para 5,3% e 3,3%, respectivamente.


O outro motivo favorável às companhias Gol e TAM é que o rendimento proveniente da rota SP-RJ já vem caindo diminuindo de importância na receita das empresas, o que também ajudará a evitar grandes impactos em 2014, quando o cronograma oficial prevê a inauguração do trem-bala. "Nós acreditamos que essa tendência [de desconcentração dos voos na rota RJ-SP] deve continuar acontecendo, reduzindo o impacto do trem-bala sobre as companhias aéreas brasileiras”, afirmou a corretora em relatório.

De acordo com os preços de passagem estimados para o trem-bala, as tarifas seriam entre 4,3% e 59,1% mais baratas do que as oferecidas pela Gol e TAM para o trecho RJ-SP. Nos horários de pico, os preços estimados vão variar entre 200 a 325 reais. Enquanto nos horários de fluxo mais baixo, os preços vão variar entre 150 reais até 200 reais. Os trens vão partir a cada 20 minutos durante os horários de pico e a cada 40 minutos nos horários mais tranqüilos.

Apesar da possível vantagem competitiva, o Itaú lembra que a estação do trem-bala em São Paulo fica em uma região distante dos principais centros empresariais de São Paulo e não possui uma estação de metrô. Segundo o projeto, a estação ficará no Campo de Marte, em Santana, na zona norte da cidade.

Por último, as duas companhias possuem fortes programas promocionais para vôos executivos, uma vez que 70% de seus passageiros voam para fins comerciais.

O custo total da obra estimado pela ANTT é de 34,6 bilhões de reais. E em seu primeiro ano de funcionamento são esperadas cerca de 6,4 milhões de passageiros, enquanto 3,9 milhões de pessoas serão transportadas pelas companhias aéreas e 1,8 milhão de pessoas utilizarão ônibus e carros.

Portal EXAME -

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