
O projeto trem-bala, ferrovia de alta-velocidade que ligará a cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro, não deve afetar fortemente a rentabilidade das companhias aéreas brasileiras TAM e Gol, segundo avaliação da corretora do Itaú, que trabalha de forma independente do banco. Em relatório, a co rretora listou três fatores fundamentais que reduzem os riscos para empresas aéreas diante desse grande empreendimento.
rretora listou três fatores fundamentais que reduzem os riscos para empresas aéreas diante desse grande empreendimento.
A primeira razão apresentada pela corretora do Itaú em seu relatório é o fato de que a rota São Paulo-Rio de Janeiro representa apenas 10,6% e 7,7% do total da receita de Gol e TAM, respectivamente. Segundo estimativas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o trem-bala atenderia 50% do mercado. Logo, no pior cenário, a ferrovia poderia contribuir para a redução das receitas da Gol e TAM para 5,3% e 3,3%, respectivamente.
O outro motivo favorável às companhias Gol e TAM é que o rendimento proveniente da rota SP-RJ já vem caindo diminuindo de importância na receita das empresas, o que também ajudará a evitar grandes impactos em 2014, quando o cronograma oficial prevê a inauguração do trem-bala. "Nós acreditamos que essa tendência [de desconcentração dos voos na rota RJ-SP] deve continuar acontecendo, reduzindo o impacto do trem-bala sobre as companhias aéreas brasileiras”, afirmou a corretora em relatório.
De acordo com os preços de passagem estimados para o trem-bala, as tarifas seriam entre 4,3% e 59,1% mais baratas do que as oferecidas pela Gol e TAM para o trecho RJ-SP. Nos horários de pico, os preços estimados vão variar entre 200 a 325 reais. Enquanto nos horários de fluxo mais baixo, os preços vão variar entre 150 reais até 200 reais. Os trens vão partir a cada 20 minutos durante os horários de pico e a cada 40 minutos nos horários mais tranqüilos.
Apesar da possível vantagem competitiva, o Itaú lembra que a estação do trem-bala em São Paulo fica em uma região distante dos principais centros empresariais de São Paulo e não possui uma estação de metrô. Segundo o projeto, a estação ficará no Campo de Marte, em Santana, na zona norte da cidade.
Por último, as duas companhias possuem fortes programas promocionais para vôos executivos, uma vez que 70% de seus passageiros voam para fins comerciais.
O custo total da obra estimado pela ANTT é de 34,6 bilhões de reais. E em seu primeiro ano de funcionamento são esperadas cerca de 6,4 milhões de passageiros, enquanto 3,9 milhões de pessoas serão transportadas pelas companhias aéreas e 1,8 milhão de pessoas utilizarão ônibus e carros.Portal EXAME -
 
 
 
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