PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Voos mais ousados

Depois das turbulências, a aviação executiva mundial aposta no Brasil para voltar a decolar.


Divulgação





O fim de 2009, durante o ápice da crise financeira que derrubou os mercados ao redor do mundo, um setor sofreu em dose dupla. Além das vendas terem caído mais de 60% de uma hora para outra, a indústria da aviação viu sua imagem ser distorcida, principalmente nos estados unidos. Os jatinhos que levavam os executivos de Wall Street de um lado para o outro se tornaram símbolo do mau uso do dinheiro das empresas - ainda mais quando o então presidente da GM, Rick Wagoner, aterrissou em Washington a bordo de um jato particular pedindo dinheiro para o governo americano. Confrontados com essa situação, os fabricantes têm a resposta na ponta da língua: "o avião é ferramenta de trabalho", explica rui de Aquino, presidente da Associação Brasileira de aviação Geral (Abag). "É como um carro. Você usa nos dias de semana e também no fim de semana", explica. E é nessa tecla que as grandes fabricantes de aeronaves pretendem bater na próxima Latin America Business Aviation Conference & Exhibition (Labace), maior feira de aviação da América Latina que acontece entre 13 e 15 de agosto no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. "O mercado mundial teve uma queda e o Brasil despontou nessa crise", diz Aquino.

Despontou, é verdade, mas em parte. Afinal, muitas das encomendas de aeronaves que haviam sido feitas foram postergadas. "No resto do mundo, elas foram canceladas", explica Aquino. Prova de que o mercado brasileiro passou a ser visto com mais atenção pelas marcas é que a Labace cresceu a despeito dos tempos de turbulência financeira. O número de expositores, por exemplo, saltou de 88, no ano passado, para 105; o espaço físico pulou de 11 mil metros quadrados para 15 mil metros quadrados; as aeronaves expostas saíram de 48 exemplares para 69 modelos; e as estimativas apontam para vendas totais de US$ 330 milhões. "No ano passado, o mercado estava aquecido demais. Agora, voltou à normalidade", diz José Eduardo Brandão, diretor comercial da Ocean Air Táxi Aéreo, que representa no Brasil as fabricantes de avião Bombardier e Pilatus Aircraft e a empresa italiana de helicópteros Agusta.

Dentre as novidades que serão expostas na pista de Congonhas, destacam-se o Learjet 85, da Bombardier, aeronave cuja primeira entrega acontecerá apenas em 2013; o Legacy 500, da Embraer, que acaba de ser lançado no mercado; e também o P68 observer, uma aeronave fabricada pela italiana Vulcanair e utilizada para voos de observação e de lazer. O Learjet 85, que deverá custar cerca de US$ 20 milhões, é um avião de médio porte com espaço para oito passageiros, atinge velocidade de 870 km/h e tem autonomia de 5,55 mil quilômetros. O Legacy 500, também de médio porte, tem espaço para 12 pessoas, possuirá uma autonomia de 5,56 mil quilômetros e custará US$ 18,4 milhões. Como ainda não estão prontas, ambas aeronaves serão apresentadas sob a forma de mockup, que consiste no avião sem as asas e sem motor - apenas a estrutura interna e decoração. O P68 Observer, contudo, aterrissará pela primeira vez no Brasil. Avião tido como versátil, pois tem autonomia de voo de dez horas e serve para fazer patrulhas aéreas, transportar cargas e também para passear, ele está sendo trazido pela empresa Linford Aviation e deverá custar US$ 790 mil. " Ele é uma espécie de avião James Bond", diz João Moutinho, diretor da empresa. "Pode estar voando tanto na Amazônia como em Montecarlo."

Isto é Dinheiro

Nenhum comentário: