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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Acidente da Air France segue um mistério, dizem investigadores



Investigadores não conseguiram estabelecer o que provocou a queda de um avião da Air France em junho sobre o oceano Atlântico, mas as buscas pelos registros de voo serão retomadas em fevereiro, disse o chefe da autoridade francesa que investiga o acidente aéreo.

"Continuamos sem poder determinar as causas e circunstâncias do acidente", disse Jean-Paul Troadec, chefe da autoridade de investigação de acidentes da França (BEA, na sigla em francês) à rádio francesa no domingo.

O voo AF 447, que seguia do Rio de Janeiro para Paris, caiu no Atlântico depois de decolar dia 31 de maio. O avião entrou em uma zona de turbulência, matando 228 pessoas. As caixas-pretas com os registros de voo continuam desaparecidas, e apenas pequenas partes dos destroços do Airbus A330 foram encontradas.

A autoridade francesa deve divulgar um relatório na quinta-feira, que vai recomendar maneiras para ajudar a localizar as caixas-pretas mais facilmente, disseram fontes próximas ao acidente.

"Geralmente esses registros são feitos para resistirem a choques significativos", disse Troadec. "Ainda há uma chance de que estejam em boas condições e legíveis."

Troadec esteve no Rio de Janeiro no domingo para se encontrar com familiares das vítimas. Mas ele afirmou que sem as caixas-pretas, porém, os investigadores não conseguiriam explicar totalmente o acidente.

Questionado se o relatório dessa semana conteria novos elementos, Troadec respondeu: "Sim, a saber, recomendações em termos de segurança que não estavam no primeiro relatório."

Um relatório de julho identificou problemas em lidar com a responsabilidade da aeronave entre controladores, mas dizia que ainda era cedo demais para dizer o que provocou a queda do avião.

"Não espero nenhuma informação concreta nova sobre a causa da queda", disse à Reuters uma fonte familiar à investigação.

Uma outra fonte familiar ao acidente aéreo concordou, dizendo que o documento adicionaria pouco a um relatório preliminar inconclusivo divulgado em julho.

RECOMENDAÇÕES

Dados preliminares revelaram falhas dos sensores de velocidade da aeronave, conhecidos como "sondas Pitot", que parecem ter dado leitura inconsistente e podem ter interrompido outros sistemas. Mas investigadores deixaram claro que esse seria apenas um elemento entre outros envolvidos na tragédia.

Autoridades da segurança ordenaram checagens dos sensores, restringindo seu uso no avião feito pela Thales francesa.

Mas os investigadores não devem encontrar um culpado, disse uma fonte próxima à investigação. Em vez disso, o BEA deve fazer ao menos três recomendações sobre a segurança de aeronaves em geral. Elas incluiriam estender a vida útil das balizas de localização anexadas aos registros de voo para 90 dias, dos 30 dias originais.

Os reguladores também seriam convidados a considerarem requisitar novas balizas para serem anexadas a partes importantes da estrutura da aeronave para ajudar na localização dos destroços no evento de um acidente. Tais balizas precisariam estar ativas por 30 dias.

Os fabricantes de aviões também podem ter que estudar a possibilidade de instalarem sistemas de monitoramento que enviem informações sobre parâmetros básicos como posição, curso e altitude para a base de apoio à empresa aérea, mesmo quando as operações forem normais.

O acidente gerou um debate na indústria da aviação se mais dados deveriam ser transmitidos via satélite, mas o custo das comunicações até agora se mostrou proibitivo.

Enquanto isso, autoridades da área de segurança pedem pesquisas científicas sobre condições climáticas em altas altitudes em zonas turbulentas, como o Equador.
Reuters

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