Reduzir os custos globais das companhias aéreas através da optimização do espaço aéreo é o objectivo do "Céu único Europeu". Encurtar distâncias, poupar combustível, aumentar o tráfego são metas para 2012. O preço dos bilhetes também poderá diminuir.
Harmonizar para optimizar o espaço aéreo europeu é o objectivo do "Céu único europeu", cujo projecto remonta a 1999. O céu da Europa é hoje uma via difícil de percorrer: no total, existem 27 espaços aéreos, vigiados por 50 centros de controlo. A ideia é reduzir esta manta de retalhos até 2012.
A Comissão Europeia já adoptou o regulamento sobre normas de funcionamento e estima-se que o tráfego aéreo vai triplicar nos próximos 15 anos. O projecto de "céu único" deverá permitir melhorar a gestão, reduzir as distâncias, as durações de voo e gastar menos 10% de combustível. Será ainda possível reduzir para metade os custos dos voos e cortar em 10% o seu impacto ambiental.
Contactado pelo JN, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) explicou que os impactos directos serão para as companhias aéreas, mas os benefícios irão reflectir-se, mais tarde, nos passageiros. "Ao articularem melhor os voos, as empresas controlam melhor os atrasos, as trajectórias mais directas permitem poupar tempo e combustível e as taxas de navegação aérea serão diminuídas", explicou Francisco Balacó, director da área de infra-estruturas e navegação aérea do INAC.
"É expectável que a redução dos custos globais das companhias venha a resultar directamente em poupança para o passageiro", acrescentou. Ou seja, se a companhia mantiver as suas margens de lucro, pode reflectir os seus ganhos de eficiência na redução dos preços dos bilhetes de avião. Esta é uma decisão que cabe a cada empresa, embora com a supervisão do regulador.
TAP não exclui cortes
Contactada pelo JN, a TAP confirmou que, "havendo redução de custos para as companhias, isso acaba por reflectir-se nos passageiros". Isto, resulta não só numa redução no tempo das rotas, como no preço dos bilhetes.
A próxima fase, a realizar até final de 2010, consiste em nomear um gestor único para toda a rede europeia, de forma a optimizar a utilização do espaço aéreo e coordenar a repartição de recursos, nomeadamente frequências e códigos.
jn
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