Os seis aviões Hércules C-130 portugueses arriscam restrições mais drásticas para sobrevoar e operar no espaço aéreo europeu se não receberem novos equipamentos até Março de 2012. Mas o Governo garante que o processo de actualização vai avançar independente dos cortes na despesa militar impostos pela crise. O programa de modernização dos C-130 "não colide com as decisões do PEC", diz fonte oficial do Ministério da Defesa. "E para a definição [dessa actualização] em concreto deve aguardar-se a revisão da Lei de Programação Militar", acrescenta.
"É necessário instalar equipamentos para garantir uma distância de cruzeiro adequada, que regula o espaço entre corredores aéreos", diz por seu lado o sub-director geral de Armamento, Manuel Chambel. E a instalação dos novos equipamentos que permitem aos C-130 voarem no espaço aéreo europeu deverá custar cerca de 1,5 milhões de euros por avião (cerca de 9 milhões no total dos seis), segundo este elemento conhecedor do processo.
Mas esta será apenas uma primeira fase da renovação destinada a introduzir equipamentos "mandatórios" para voar no espaço aéreo europeu. Num segundo momento, a modernização necessária e mais complexa dos C-130 deverá custar entre 7 e 8 milhões de euros, por avião (cerca de 48 milhões no total dos seis aparelhos). Sem abordar o nível de custos da actualização, o Ministério da Defesa refere apenas que o programa irá "iniciar-se tão breve quanto possível". E Manuel Chambel diz a propósito que os custos "dependerão sempre de quem fizer o projecto".
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