O Aeroporto de Congonhas/São Paulo é o segundo mais movimentado aeroporto do Brasil.
Com uma área um pouco maior que 1,5 km², está localizado na cidade de São Paulo, no bairro de Vila Congonhas, distante apenas 8 km do marco zero da cidade.
Congonhas é o 96º Aeroporto mais movimentado do Mundo, e já foi o aeroporto com maior tráfego de passageiros do Brasil, perdendo atualmente apenas para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Localizado no coração da cidade de São Paulo, é o elo para reuniões de negócios, compras e turismo para empresários, comerciantes e pessoas em férias com destino a outras localidades do País.
O governo estuda um novo modelo de concessão para aeroportos. Com esse novo modelo, está a criação de mais aeroportos de conexão (os chamados “hubs”). Hoje funcionam assim somente os Aeroportos de Guarulhos e Congonhas em SP e Brasília, com a possibilidade de construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, com a finalidade de desafogar o tráfego de Congonhas e Guarulhos.
O governo estuda ainda descongestionar o tráfego aéreo na capital paulista por meio da expansão do aeroporto de Viracopos e do aprimoramento dos terminais de cidades vizinhas, como Jundiaí, São José dos Campos, Sorocaba e Santos. A falta de um transporte rápido e eficiente entre estes aeroportos e o centro de São Paulo é hoje o principal problema para a implantação desta idéia.
Durante pouco menos de 1 ano após o acidente de 2007 (veja abaixo), o aeroporto só foi utilizado para vôos que iniciassem ou terminassem em Congonhas (sem as conexões), além do limite de vôos com distância inferior a 1.000 km. O número de operações (pousos e decoalgens) chegou a 38 por hora antes do acidente, mas foi diminuído por determinação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Dados de 2007 mostram que o número de vôos por ano chegava a quase 8.000. Há interesse do governo em utilizar os outros aeroportos da região, especialmente o de Viracopos em Campinas, hoje utilizado principalmente para transporte de cargas (e também os aeroportos de Jundiaí, São José dos Campos e Guarulhos.
Congonhas em números
Pistas – Duas: uma com 1940 x 45 metros e a outra com 1435 x 49 metros.
Área total do aeroporto – 1.647.000 m2.
Pátio de aeronaves – 77.321 m2
Terminal de passageiros – 64.579 m2
Estacionamento de aeronaves – 29 posições
Ano | Nº de passageiros | Aeronaves | Carga Aérea |
2002 | 12.446.415 | 266.231 | 39.001.783 |
2003 | 12.069.575 | 220.887 | 36.014.379 |
2004 | 13.611.227 | 217.782 | 37.890.966 |
2005 | 17.147.628 | 228.110 | 43.244.760 |
2006 | 18.459.191 | 230.995 | 39.485.977 |
2007 | 15.265.433 | 205.564 | 34.906.527 |
2008 | 13.672.301 | 186.694 | 32.519.234 |
2009 | 13.659.398 | 193.281 | 29.307.395 |
Um pouco de história
No início dos anos 70, eram realizadas em Congonhas 350 operações de vôo diariamente, envolvendo 1500 carros no pátio, 12000 passageiros e 25000 acompanhantes. O resultado era um total congestionamento, exigindo ampliações.
Os anos 80 marcaram o fim do regime militar e o início do processo de redemocratização do Brasil. Enquanto no campo político eram abertas novas perspectivas, a economia caminhava a passos largos. Nessa conjuntura, mudanças surgiram em Congonhas. Em janeiro de 1981, o Aeroporto de Congonhas passou a ser administrado, operado e explorado comercialmente pela Infraero.
Após a implantação do Plano Real, e a estabilização da economia brasileira, novas empresas passaram a operar fazendo crescer o tráfego aéreo no País acima da média mundial. Congonhas bateu seu recorde de pousos e decolagens, tornando-se o mais rentável aeroporto administrado pela Infraero. Com o movimento, criou-se um gargalo, o aeroporto estava impossibilitado de receber novas companhias aéreas.
Mas Congonhas não se resume somente a aterrissagens e decolagens. Incidentes e acidentes também marcaram sua história.
- 3 de maio de 1963: o motor de um avião Convair da Cruzeiro do Sul pegou fogo logo depois da decolagem. A aeronave caiu perto do aeroporto matando 34 pessoas. Uma casa ficou destruída.
- 31 de outubro de 1996: a queda do vôo TAM 402 deixou 99 mortos. O acidente foi causado por falhas mecânicas no avião.
- 17 de julho de 2007: ocorreu um novo acidente envolvendo o vôo TAM 3054 matando 199 pessoas, sendo que 181 estavam no avião e 18 pessoas que trabalhavam no prédio da TAM Express ou transitavam na rua. O acidente ainda permanece sob investigação.
- 3 de setembro de 2008: um bimotor com um passageiro, piloto e co-piloto tentou arremeter, mas derrapou na pista e acabou batendo no muro que separa o aeroporto da rua. Ninguém se feriu.
* Ludmar Rodrigues Coelho é administrador de empresas e possui pós-graduações em MBA Executivo em Gestão Empresarial pela UFSC e MBA Executivo em Negócios Financeirospela FGV-RJ.
Logística Descomplicada
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