Somente um piloto (não identificado pelos técnicos que o socorreram) estava a bordo da aeronave, que havia saído de Belém em direção ao município de Soure, no Marajó, mas teve que retornar a Belém porque o trem dianteiro de pouso não funcionou. Com o problema, o avião ficou sem a roda dianteira e o piloto teve de usar somente as duas rodas laterais no pouso de emergência.
O chefe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 10), tenente coronel Adriano Carvalho, informou que o problema no monomotor foi que o chamado trem de nariz ou bequilha (roda dianteira da aeronave) não travou embaixo, ou seja, a roda não desceu para a posição ideal para o pouso do avião. Então, como disse o oficial da Aeronáutica, o piloto ficou circulando com a aeronave para consumir combustível por cerca de 60 minutos.
"Ele havia decolado de Belém, depois do almoço, para Soure, mas na hora de pousar, o trem de nariz não travou e ele (o piloto) voltou para descer em Belém em um pouso de emergência", observou o tenente coronel Adriano. O piloto estava sozinho a bordo do avião e não sofreu ferimentos no pouso, que consistiu em uma aterrissagem utilizando as duas rodas laterais. No final da aterrissagem, a aeronave emborcou na frente, justamente onde não havia a roda dianteira, danificando a hélice.
O avião foi levado para o hangar da empresa Tema, que atua na manutenção e conserto de aeronaves, ao lado da sede administrativa do Aeroporto Júlio César. Técnicos do Seripa 1 e do Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros, coordenado pelo coronel Mauro Tadeu, acompanharam a manobra do piloto para pousar a aeronave em segurança. A Infraero também acompanhou o caso. Os técnicos do Seripa 1 estiveram no hangar da Tema e, agora, irão levantar a causa do acidente de ontem. Eles querem saber por que o trem de nariz não funcionou no avião.
O Liberal
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