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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Venda de viagem corporativa cai 13% no primeiro semestre



As agências de viagens que atendem empresas assistiram a um tombo nas vendas durante o primeiro semestre do ano e reagiram com demissões. A queda foi especialmente acentuada no segmento internacional, mais vulnerável ao câmbio, à desaceleração econômica e à pandemia da gripe A.

A retração, que já era uma impressão generalizada, confirmou-se ontem com números divulgados pelo Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (Favecc). De janeiro a junho, as 25 empresas que compõem a entidade movimentaram R$ 2,01 bilhões, 13% menos do que os R$ 2,31 bilhões registrados em igual período de 2008.

Dentro desse total, as vendas domésticas caíram 8%, para R$ 1,27 bilhão. Já o volume de viagens ao exterior teve redução de 26%, para R$ 739,8 milhões. Nessas duas contas juntas, os itens de maior peso são passagens aéreas (cerca de 78%) e diárias de hotéis (14%). Eventos, locação de carros e pacotes são alguns dos outros itens.

Com vendas menores, a receita das agências também caiu, mas não necessariamente na mesma proporção. Tudo depende de como são remuneradas - em alguns casos, elas cobram uma taxa por cada transação que realizam (uma emissão de passagem, por exemplo), mas há situações em que recebem comissões na forma de um percentual sobre o total comercializado. O Favecc não divulga a receita do setor.

O fato é que as agências se ajustaram ao período de vacas mais magras cortando gastos e, principalmente, funcionários, que geram perto de 70% dos custos. No primeiro semestre, o quadro de empregos nas empresas do Favecc foi reduzido em 257 pessoas, ou 7%, para 3.412 mil.

Apesar do número de desligamentos, Francisco Leme, presidente da entidade, acredita que as agências "estão mais conscientes" sobre os efeitos das demissões e em 50% dos casos preferiram suportar o período de desaceleração a mandar pessoas embora. Ele ressalta que a eliminação de vagas ocorreu em proporção inferior à queda nas vendas. "Esses ajustes já aconteceram e não devem se repetir nos próximos meses. O segundo semestre é tradicionalmente melhor e estamos otimistas", afirma.

A americana Carlson Wagonlit (CWT) é uma das agências que mexeram nos custos. No primeiro semestre, ela viu o número de transações cair 13,5% e o volume em dinheiro, 8,3%. Para compensar, reduziu o quadro de funcionários de cerca de 820 pessoas para 700; fechou duas das seis filiais no Brasil e reduziu o número de diretores de 11 para oito, além de outras economias. "Todas essas medidas já estavam em curso, mas foram aceleradas pela crise", afirma André Carvalhal, presidente da CWT. Ele ressalta que parte dos funcionários demitidos continua trabalhando para a companhia em empresas prestadoras de serviço. Após as mudanças, diz o executivo, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (lajida) cresceu 65%. A CWT pertence à associação TMC, não ao Favecc.

Na Flytour, a queda nas vendas foi de 8% a 10% de janeiro a junho. "Não demitimos, mas suspendemos projetos de consultoria e tecnologia", afirma Eloi de Oliveira, presidente

Valor Econômico

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