PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Barbados, a ilha mais oriental da região, terá um voo direto a partir do Brasil


A partir do fim de junho, essa relação deverá estar mais forte: um voo semanal direto operado pela Gol está previsto para ligar o Brasil a Barbados, saindo de Guarulhos. Apenas seis horas vão nos separar do povo bajan, como os moradores de Barbados gostam de ser chamados. Para você saber como aproveitar este novo e colorido destino, passamos cinco dias por lá, no embalo do reggae, entre praias, campos de cana, garrafas de rum, pratos de frutos do mar e muitos sorrisos.

Depois de sobrevoarmos o mar claro do Caribe, vez ou outra passando sobre uma ilha, somos apresentados a Barbados de uma linda maneira: pelo alto. Da janela do avião vemos uma sequência de praias de águas clarinhas, pequenos núcleos urbanos de casas coloridas, florestas nativas e campos agrícolas. Desço no Grantley Adams International Airport atento aos painéis que indicam outros lugares com voos diretos para lá. A inauguração da rota da Gol, a primeira em caráter comercial entre o Brasil e Barbados, também vai fazer da ilha um dos melhores pontos a partir do qual os brasileiros podem visitar outros destinos caribenhos, como Jamaica, Antigua, Dominica, St. Lucia, St. Vincent, Granada e Turks e Caicos.

Vista aérea da ilha: quem não quer se jogar neste  mar?/ Foto: Bruno Agostini

No saguão do aeroporto, encontramos um cartaz com algumas recomendações aos turistas recém-chegados. Entre as orientações, duas chamam a atenção: "Nunca use roupas camufladas. Em Barbados, elas são proibidas", e "Tome muito cuidado com os seus pertences para que não sejam roubados". Não é para tanto. Depois de cinco dias na ilha, não posso acreditar que a criminalidade seja assim tão ameaçadora. O povo é simpático e hospitaleiro. Mas chega a ser desconfortável a constante abordagem dos nativos, a maioria com pinta de rastafári marrento, oferecendo maconha. Eles agem em todas as praias, e oferecem a droga aos turistas diretamente, sem qualquer constrangimento.

E não é só por isso que em alguns momentos Barbados lembra a Jamaica: o reggae é ouvido em todos os lugares, os camelôs vendem toucas nas cores vermelho, amarelo e verde, vemos muitas fotos de Bob Marley e do imperador da Etiópia, Hailé Selassié, personagem central da cultura rastafári, e muitos homens usam dreadlocks. Em outras situações, a ilha poderia ser confundida com Cuba, por causa da produção de charutos, ou com a República Dominicana, devido aos resorts all-inclusive na beira da praia. A colonização inglesa, terminada em 1966, também deixou outras marcas: o golfe (para quem gosta, os campos são ótimos) é muito praticado, e o críquete é o esporte nacional - mas o futebol também é muito apreciado. Ao se anunciar brasileiro, pode esperar um comentário do tipo: "Kaká, Ronaldo. Adoro o futebol de vocês, vou torcer pelo Brasil na Copa. Yeah!". Em seguida, o novo amigo vai oferecer a mão fechada para receber um soquinho seu, porque o cumprimento oficial de Barbados é este encontro bruto de falanges proximais.

Numa ex-colônia britânica não poderia faltar uma boa cerveja local. E Barbados também tem a sua, a Banks, leve e saborosa. Barbados, hoje, assim como Austrália, Canadá e Índia, é parte da Commonwealth, uma associação de 54 países, a grande maioria ex-colônias britânicas independentes. Apesar de pequeno e distante, o lugar sempre teve especial relação com os monarcas ingleses. Tanto assim que, por incentivo da própria rainha Elizabeth II, a ilha foi um dos poucos lugares do mundo a receber voos regulares do Concorde direto de Londres. Hoje, um desses lendários aviões repousa ao lado do aeroporto, dentro de um grande hangar. A visita ao espaço inclui a exibição de um vídeo - com os turistas confortavelmente acomodados em uma das poltronas - e uma espiada na cabine com dezenas de botões, visores e chaves. É um programa divertido, e que muitos deixam para fazer no dia da viagem de volta, depois de fazer o check-in - são pouco mais de 100 metros de caminhada.

A  onipresente bandeira do país/ Foto: Bruno Agostini

Além do ócio praiano, outros programas essenciais na ilha são conhecer a Harrison's Cove, mergulhar no mar cheio de peixes e provar o ótimo rum local - de preferência, incluindo no roteiro uma visita a pelo menos uma fábrica. Melhor que alugar um carro e se arriscar a dirigir na mão inglesa (aliás, muito cuidado ao atravessar as ruas, olhe sempre com atenção para os dois lados), é usar o serviço de táxi ou contratar os passeios oferecidos pelas agências de turismo locais. Evite a capital da ilha, Bridgetown, pela manhã e no fim da tarde. O tráfego é pesado, e uma viagem pelas suas ruas que levaria menos de dez minutos pode demorar mais de meia hora, fácil, fácil.

- O maior problema de Barbados é o trânsito. Temos cerca de 300 mil moradores e 150 mil carros, é um excesso - reclama o guia Maurice Greenidge, que conduziu a nossa visita pela cidade, mapas em punho, mostrando as típicas casas de madeira com varanda, a ponte que batiza o lugar, a sinagoga e o cemitério de judeus (muitos oriundos do Recife, na época em que o Nordeste foi ocupado pelos holandeses, que foram para lá para plantar cana na ilha: tem até lápide em português).

Apesar do esforço do guia em provar o contrário, a verdade é que passear pelo Centro Histórico é um programa dispensável. Mas o mesmo não se pode dizer do Island Safari, a melhor maneira de se explorar o interior e a região Norte do país, atravessando campos de cana-de-açúcar e uma floresta habitada por uns macaquinhos simpáticos.

boa viagem

Nenhum comentário: