O aeroporto municipal de Barra do Garças (504 km de Cuiabá) foi fechado nesta quinta-feira (26), por determinação da Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), que detectou irregularidades na pista de decolagem e aterrissagem que estava sendo recapeada. O assunto ganhou desdobramentos e chamou atenção porque o jatinho da cantora Claudia Leitte teve dificuldades para descer e reabastecer na cidade.
A obra, iniciada em abril deste ano, foi suspensa devido à péssima qualidade do serviço, conforme laudo emitido pelos engenheiros da Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso (Sinfra).
Os engenheiros constataram que estavam usando areia lavada no meio da emulsão asfáltica, deixando pedras soltas que poderiam ser sugadas pelas turbinas dos aviões e jatinhos que descem na cidade.
A proibição da Anac é temporária, segundo informou o diretor da Infraero, Lusimar Pereira. “Se a prefeitura cumprir as exigências o aeroporto deve ser liberado até o dia 15 de setembro” explicou Pereira.
O secretário de Comércio, Indústria e Turismo de Barra do Garças, Cláudio Salles Picchi, disse que o problema do aeroporto barra-garcense é crônico e é da época do ex-prefeito Zózimo Chaparral (PC do B), que não cumpriu o plano de melhoria feito pela Anac em 2007.
Sobre a reforma da pista com recursos fornecidos pelo Estado, da ordem de R$ 568 mil, Picchi informou que o prefeito Wanderlei Farias (PR), quando ficou sabendo da péssima qualidade do serviço, decidiu suspender o pagamento da empreiteira e por isso demorou para a contratação de outra empreiteira. Todavia, já está sendo providenciada a recuperação da pista.
Além da pista, Anac recomendou melhorias nos banheiros e no saguão dos passageiros. Devido às condições precárias do aeroporto barra-garcense, os vôos comerciais foram inviabilizados na cidade e hoje quem mais faz uso do aeroporto é classe empresarial do agronegócio e políticos.
Os pequenos vôos durante o dia serão desviados para Aragarças-GO, entretanto as UTIs aéreas ficam proibidas porque aeroporto vizinho não tem iluminação. “Se houve uma necessidade de tirar alguém da cidade numa UTI aérea estamos impedidos de atender aqui” finalizou Pereira.
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