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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Chance de raio ter desestabilizado avião é remota, diz comandante
Comandante Ronald Jenkins comenta acidente em San Andrés, no Caribe.
Segundo especialista, avião funciona como condutor durante voos.
O acidente com um Boeing 737-700 na ilha de San Andrés, na Colômbia, dificilmente foi causado por um raio. É o que indica o coordenador de segurança de voo do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, Ronaldo Jenkins.
"A chance existe, mas é remotíssima", afirma o comandante. "É possível que descargas elétricas tenham alguma influência eletromagnética, desacoplem o piloto automático ou danifiquem algum dispositivo eletrônico, mas é muito difícil."
Segundo o especialista, um avião funciona como um condutor quando está no ar. "O raio entra por um lado e sai pelo outro, normalmente a aeronave não explode ou sofre alteração", explica Jenkins. "Há registro de filmagens com equipamentos durante fortes tempestades, nas quais nada aconteceu."
No solo, o contato com a borracha na pista, isolante térmico, também dificulta a ação do raio na estabilidade do Boeing. "Normalmente o avião está em piloto automático durante este tipo de aproximação, há chance de exister uma pane elétrica, mas é remota", diz o comandante. "Durante reabastecimentos, é possível que a combinação entre vapor de combustível e descarga elétrica cause um acidente, mas essa é também uma situação especial."
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