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terça-feira, 3 de agosto de 2010

É isso mesmo, um avião sobre uma casa

Quem mora em Belém e transita pela Avenida Braz de Aguiar, está acostumado. Para você que não está nessa situação, é isso mesmo, um avião pousado em cima de uma casa que serve, ao mesmo tempo, de residência e de loja. Está localizada na Avenida Braz de Aguiar, centro da cidade.

É produto da excentricidade de um homem a quem os vizinhos chamavam carinhosamente de “comandante”, falecido há poucos meses.

O velho modelo é um DC-3, que durante a segunda guerra era o C-46, avião de transporte militar. Quando a guerra acabou, muitos desses aparelhos foram adaptados para transporte civil e vendidos para muitos países. Na Amazônia, eles vieram substituir os velhos Catalinas, que pousavam tanto em terra como n’água, nos tempos de poucas pistas de pouso na região.

O exemplar que está sobre a casa do “comandante” pertenceu à Paraense Transportes Aéreos, fundada em 1957, e que tinha sede em Belém. Até 1958 foram adquiridos oito C-46, mas até o final de 1965, houve igual número de acidentes.

A empresa, aliás, ficou conhecida pela pouca segurança, incluindo o desastre que matou o cantor nordestino Luiz Jacinto, o Coronel Ludugero, no dia 14 de março de 1970, quando um Hirondelle da Paraense caiu na baía de Guajará, em frente a Belém do Pará. O corpo de Jacinto só foi encontrado no dia 30 de março e sepultado um dia depois, em Caruaru, Pernambuco.

Em 1968, a Paraense recebeu oito aviões Fairchild Hiller FH-227B, que eram os Fokker F-27 fabricados sob licença, nos Estados Unidos. Aqui no Brasil passaram a se chamar Hirondelle, nome inventado pelo publicitário paraense Oswaldo Mendes.
Porém, após pouco tempo de uso, algumas aeronaves estavam fora de serviços por falta de peças. Em 1970 a frota foi reduzida para duas aeronaves.

Em maio de 1970 o governo cancelou a autorização de funcionamento da Paraense, repassando os aviões para a Varig. Alguns exemplares foram empregados na ponte aérea Rio-SP.
Manuel dutra

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