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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Relatório aponta sucessão de falhas em acidente aéreo no Amazonas


O avião da Embraer EMB 110 Bandeirante, prefixo PT-SEA, saiu da cidade de Coari e caiu em Manacapuru. Foto: Arte/Portal Amazônia

MANAUS –
O descumprimento de procedimentos padronizados da aviação foi apontado como o fator principal para o acidente aéreo envolvendo a queda de um bimotor da Manaus Aerotáxi. O acidente aconteceu no dia 7 de fevereiro do ano passado, quando o Bandeirante PT-SEA com 28 pessoas a bordo caiu no rio Manacapuru, matando 24 passageiros. Quatro pessoas sobreviveram.

Segundo o relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a tripulação contrariou as normas e procedimentos ao informar um número menor do que o real de pessoas a bordo na aeronave. Apesar de haver quase 30 pessoas dentro do Bandeirante, o piloto afirmou ao controle do tráfego aéreo que eram apenas 20, no voo que fazia o trajeto Coari-Manaus.

Saiba mais sobre o acidente com o Bandeirante PT-SEA

O número acima do permitido e o peso que ultrapassava em 744 quilos o máximo estipulado para a aeronave, que era em torno de 5.670 quilos, tiveram forte responsabilidade sobre o acidente aéreo. Apesar dos resultados apontarem para a falha do aquecedor de combustível como sendo a hipotese mais provável para a pane mecânica, o avião ainda teria chances de realizar um pouso de emergência se não estivesse com excesso de peso.

Para o Cenipa, apesar da hélice do motor esquerdo ter parado de girar, os pilotos teriam condições de seguir em voo monomotor, utilizando a hélice da asa direita. O reabastecimento com menor quantidade de combustível e o embarque do número correto de passageiros possibilitariam que a aeronave pousasse em segurança.

Críticas

O relatório confirmou ainda que o piloto informou que retornaria para Coari, o que não foi confirmado. Imagens de radar mostram que a aeronave seguiu para uma pista desativada na cidade de Manacapuru. Os especialistas acreditam ainda que o transponder desligado pode ter sido intencional.

A direção da Manaus Aerotáxi também teve a contribuição apontada no relatório sobre o acidente. O estudo afirmou que as atitudes dos pilotos não eram supervisionadas e os procedimentos legais não eram controlados, além de ter sido constatada a falta de treinamento.

Falhas na manutenção da aeronave e no planejamento do voo também foram citados pelo relatório, que disse ainda que os passageiros não foram informados verbalmente pelos pilotos sobre os problemas durante a viagem.

Mau tempo

De acordo com o relatório, outra questão influenciadora foi a presença de nuvens baixas, teriam dificultado a visão e contribuido para o erro de calculo de aproximação da pista. Os pilotos da aeronave pretendiam pousar em uma pista desativada em Manacapuru. O Bandeirante PT-SEA colidiu contra a água cerca de 1,2 mil metros do local. (IP)
portal amazonia

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