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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Barioni admite CONVERSAÇÕES com Lan e outros grupos aéreos



Mesmo pensando em dar um tempo – “estou há 11 anos sem férias” – David Barioni admite que não deverá ter um descanso muito prolongado. Desde que deixou presidência da TAM Linhas Aéreas, tem conversado com outros grupos aéreos, e poderá retornar ao convívio do setor bem antes do esperado. “Tenho alguns projetos, recebi sinais também de outras áreas, mas a aviação é o meu ser favorito.

Tenho conversado muito com a minha mulher sobre a volta. Tenho que comprar o projeto, assim será o meu futuro. Por enquanto, ainda é difícil de saber”. Barioni confirmou que ainda tem questões de sigilo contratual com a GOL e também com a TAM, da qual saiu há menos de um mês

Fato é que Barioni não chega a negar que a possibilidade da LAN existe – a companhia chilena pretende chegar o quanto antes ao mercado brasileiro e tem isto previsto como o principal projeto de sua expansão -, sendo que o perfil do executivo corresponde a uma possível liderança para uma subsidiária LAN brasileira.

Estas projeções sobre o seu futuro foram assunto de atenções na noite de abertura da 9a. Expoar, principal evento na área do ensino universitário de aviação no Brasil. Por enquanto, o que Barioni mais tem feito é consultoria, depois de deixar a presidência da TAM.

Em um ambiente todo confortável para falar daquilo que mais gosta, o ex-presidente da TAM formulou a palestra de abertura da 9a. Expoar, evento promovido pelo curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Teve a ocasião de rever amigos, antigos companheiros das empresas por onde passou e desfilou conhecimentos sobre a combinação entre pilotar uma empresa e um aeroplano. Recebeu homenagens, citou passagens, evitou confidências – fez apenas uma – e acrescentou revelações – “meu maior impacto de tristeza foi sair da Vasp, não tinha me preparado para tal”, além de finalizar com um recado em tom de conselho para os atuais e futuros integrantes da carreira na aviação: “sonhem muito...sonhem muito grande”.

Após a palestra, o executivo respondeu a muitas perguntas da platéia formada por alunos, professores e convidados presentes no lotado auditório universitário. Barioni utilizou figurações nas imagens do planador para enviar mensagens direcionadas à profissão e o envolvimento imprescindível de conhecimentos com a constante atualização. “Pessoas são importantes para as empresas; em aviação quem não gosta de mudança tem que mudar de planeta; todas as faculdades técnicas deveram ter um pouco de formação como humanas; só consegue simplificar quem é inteligente e preparado; é preciso ter sempre um plano B;” foram algumas das frases utilizadas em meio às explicações onde passou um check-list de variações entre gestão e pilotagem.

Indagado sobre o que restou da passagem por cada uma das empresas aéreas onde trabalhou, Barioni indicou que o maior legado está naquilo que fez junto com as amizades que preservou. Distribuiu elogios para a GOL – “uma pujança de gestão empresarial impressionante”, e a TAM –“ muito focada em qualidade de serviços” -, mas não deixou de colocar uma ponte de referência –“chega uma hora que a gente desalenta com a empresa”.
Completou ainda com o aspecto desgastante de pressão em trabalhar numa companhia de aviação pelo grande volume, custo controlado e pequena margem de atuação para os resultados.

Explicou um pouco mais sobre a complexidade de gerir uma empresa aérea pelo foco dos termos de gestão: o planador (destino), a empresa (resultados) e a síntese. “O avião é uma unidade de negócios”. Sobre questões da aviação brasileira, mostrou preocupação com a infraestrutura – “onde está o novo terminal de Guarulhos ? , como está a outra pista em Viracopos? , onde as alternativas para São José dos Campos ? – Se nada for feito, vamos ter complicações”. Falou sobre a interferência da ANAC na questão tarifária “o custo Brasil é 35% maior, nenhuma empresa brasileira tem medo da concorrência, o que era tangível e necessário, isto sim, um tempo mais elástico de adaptação”, e apontou um caminho emergente sobre o faturamento das companhias: “as empresas vão ganhar em negócios adjacentes”, assegurando que completou mais uma etapa da sua vida e história na aviação com certezas - “deixei um legado técnico, saneei as empresas pelas quais passei, líderes em pontualidade, regularidade e receita. Orgulho-me disso”.
CONTATO RADAR

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