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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Companhias pressionam para reabrir espaço aéreo


LONDRES - Embora a Europa pareça mergulhada num caos aéreo sem prazo para terminar, as principais companhias aéreas pressionam as autoridades locais pela retomada dos voos, paralisados há cinco dias. Alegam que testes realizados no domingo não revelaram qualquer perigo à segurança dos aviões e que milhões de pessoas estão num limbo, sem saber quando poderão viajar, mostra reportagem publicada na edição desta segunda-feira do Globo. As empresas amargam US$ 200 milhões de prejuízos diários - isso sem falar nos danos à economia europeia causados pelo cancelamento de 63 mil voos nos últimos quatro dias.

No entanto, a nuvem de cinzas continua a cobrir parte considerável do espaço aéreo europeu, sem que especialistas se sintam seguros para dizer quando irá desaparecer. Na dúvida, optaram por manter as restrições.

Meteorologistas britânicos afirmam que as cinzas do vulcão Eyjafjallajoekull podem atingir a costa leste do canadá nesta segunda-feira durante o dia. Segundo o instituto britânico de meteorologia Met Office, a nuvem deve chegar à costa leste do país com altitude inferior à que tem sido registrado na Europa, causando menos transtornos à aviação civil.

Leia também: nuvem de cinzas ameaça se tornar um mal crônico no hemisfério norte

A Eurocontrol, entidade que controla a aviação europeia, autorizou a retomada na manhã desta segunda-feira de cerca de 50% dos voos no continente. No entanto, os aeroportos mais importantes, como os de Paris e Londres, permanecerão completamente fechados, pelo menos até a noite. O espaço aéreo britânico está fechado. ( confira a lista dos aeroportos que estão reabrindo )

A retomada de mais voos só será decidida também nesta segunda-feira, numa reunião de autoridades da União Europeia, realizada via teleconferência, já que os ministros e técnicos não podem embarcar.

A Associação das Companhias Aéreas Europeias, que reúne 36 empresas, pediu no domingo "a reavaliação imediata" das restrições aos voos, depois que os testes realizados não mostraram risco de danos causados pelas partículas da nuvem vulcânica. A associação alega ainda que as restrições impostas pelas autoridades europeias são muito mais rigorosas do que as observadas nos últimos anos em países de outras partes do mundo, atingidos por erupções vulcânicas.

A KLM fez quatro voos de testes sem passageiros numa área que classificou como "camada de poeira microscópica", entre a Holanda e a Alemanha. A Air France, a Lufthansa e a Austrian Airlines também; a maioria em altitudes com menor concentração de cinzas. Nenhuma relatou danos em seus aviões.

O comissário de Transportes da União Europeia, Siim Kallas, disse que a situação é insustentável:

- Não podemos esperar até que o fluxo de cinzas desapareça.

No domingo, dos 24 mil voos previstos, somente 5 mil decolaram, mesmo com a reabertura de todos os aeroportos da espanha, os principais do sul da frança, como os de bordeaux, nice e marselha, e parte dos aeroportos da alemanha (o de Frankfurt, o maior do país, teria voos em direção ao norte até as 20h). Na França, também foram abertos, pelo menos até segunda-feira, os aeroportos de Toulouse, Montpellier, Pau, Tarbes, Biarritz, Ajaccio e Bastia.

internautas contas as dificuldades que estão vivendo com o caos aéreo

As autoridades da aviação italiana reabriram os aeroportos do norte do país às 7h (2h da manhã em Brasília). A Áustria reabriu seu espaço aéreo às 5h (meia-noite no horário de Brasília). As autoridades da aviação italiana reabriram os aeroportos do norte do país às 7h (2h da manhã em Brasília). A República Tcheca vai reabrir o espaço aéreo e aeroportos ao meio-dia desta segunda-feira (7h no horário de Brasília), informaram os Serviços de Navegação Aérea. A Romênia vai reabrir o tráfego aéreo nos principais aeroportos de Bucareste a partir de 9h (horário de Brasília), informou o primeiro-ministro Emil Boc.

A nuvem expelida da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, ainda em atividade, não está se dissipando, devido às condições meteorológicas que não vêm alterando a direção dos ventos. A expectativa de que a situação começasse a se normalizar nesta segunda-feira foi frustrada. Segundo especialistas, ainda é cedo para prever quando a nuvem vulcânica se dissipará, mas alguns suspeitam que o tráfego áereo continuará parado até o meio desta semana. Eles argumentam que a concentração de nuvens estará maior nas próximas terça e quarta-feira. Segundo a Defesa Civil da Islândia, na última vez que o Eyjafjallajoekull entrou em atividade, a erupção durou quase dois anos. Alguns meteorologistas dizem que os padrões de vento indicam que a nuvem não deve se afastar até o próximo fim de semana, podendo se tornar mais concentrada na quarta-feira, o que aumentaria o perigo ao voar.

confira as fotos do caos aéreo em várias partes do mundo neste domingo

está na europa ou foi prejudicado pelo caos nos aeroportos? conte aqui

Os aeroportos de Grã-Bretanha, Suécia, Holanda e Bélgica permanecem com o espaço aéreo totalmente fechado, assim como os da Croácia, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Noruega, Polônia, Sérvia, Eslovênia, Eslováquia, Suíça e Ucrânia.

Os presidentes da maioria dos países que pretendiam ir ao funeral do presidente da polônia , em Cracóvia, como Barack Obama, dos EUA, cancelaram a viagem.

time do barcelona vai viajar de ônibus até a itália para a semifinal da liga dos campeões, contra o inter de milão

( vai viajar para a europa? consulte aqui se seu voo foi cancelado )

no aeroporto de barcelona,  passageiros à espera do fim do caos aéreo dormem como podem / foto: afp

Milhares de passageiros permanecem no aguardo de voos que vêm sendo cancelados. A nuvem permanece cobrindo parte da Rússia, da Polônia, da Finlândia e de outros paíes do leste Europeu e influencia o tráfego aéreo do Reino Unido, Suécia, Alemanha, Dinamarca e Holanda.

Companhias aéreas realizam testes

Voos de teste que aparentemente não apresentaram problemas deram esperanças de que a situação melhore. A KLM, companhia holandesa, declarou que a inspeção de um avião que realizara teste no sábado não apresentou danos nos motores nem em outras partes devido às cinzas na atmosfera.

A alemã Lufthansa também afirmou que testes por ela realizados não indicaram problemas. As companhias italiana e francesa anunciaram que fariam testes neste domingo para verificar as condições de voo.

A pedido da União Européia, a KLM voou com um Boeing 737-800, sem passageiros, a uma altitude de dez quilômetros no sábado. A Lufthansa disse ter enviado dez aviões vazios para Frankfurt de Munique a altitudes de 8 km.

- Não detectamos nada incomum, nenhuma irregularidade, o que indica que a atmosfera está limpa e segura para voar - afirmou uma porta-voz da KLM.

A Associação de Pilotos Holandeses (VNV) disse acreditar que uma retomada parcial dos voos, com restrições, seria possível apesar da contínua erupção do vulcão islandês.

- A concentração de partículas de cinzas na atmosfera é tão pequena que não representa ameaça ao transporte aéreo - afirmou o presidente da VNV, Evert van Zwol.

Alternativas de transporte

Na Europa, passageiros estão buscando alternativas como trens, ônibus e barcas (ferryboats). Estações desses tipos de transporte ficaram lotadas em todos os países europeus afetados pela crise. o serviço eurostar, que liga a grã-bretanha ao continente europeu, está lotado até segunda-feira. Para este domingo, teve que acrescentar oito viagens à escala. As passagens estão esgotadas, mas as filas na porta da estação em Londres permaneceram imensas por todo o sábado. A porta-voz do Eurostar, Lesley Retallack, informou que a companhia transportou, nos últimos três dias, 50 mil pessoas a mais que o usual.

"Em termos de fechamento de espaços aéreos, isso é pior que 11 de setembro. A interrupção é pior do que qualquer coisa que já vimos", disse um porta-voz do órgão que regulamenta a aviação na Grã-Bretanha, a Civil Aviation Authority.

(veja imagens da nuvem de cinzas e da inundação provocadas pelo vulcão)

Em Calais, de onde sai a principal linha de ferryboat da França para a Inglaterra, o engarrafamento de carros esperando embarque era gigantesca. Milhares de pessoas tentavam chegar por mar ao Reino Unido, mas a maioria não conseguiu lugar a bordo e aguardava embarcar no domingo ou na segunda-feira.

O GLOBO

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